A febre dos tokens não fungíveis, ou NFT, está tomando grandes proporções. Agora, até mesmo memes estão ganhando status de colecionável digital.
O meme da vez é um clássico: o gato gordo do cheeseburger. O antigo meme, primeiramente visto em 2007, foi cotado a 0,3 ETH em um leilão.
Na cotação em reais, trata-se de cerca de R$ 3 mil por um meme de um gato pedindo cheeseburger.
Possivelmente, o primeiro grande caso de popularização de NFT foram os Crypto Kitties. Os estranhos gatos da Dapper Labs viraram febre em 2017, sendo vendidos por até centenas de milhares de dólares.
Segundo Eric Nakagawa, suposto criador do meme do gato do cheeseburger, esta é a imagem original. Ela está sendo negociada em um leilão na plataforma Opensea.
Até o momento da escrita desta matéria, dois lances foram feitos. O leilão termina no dia 3 de março.
De fato, o meme tem um valor “sentimental” e histórico para a internet. Trata-se de um dos primeiros memes da “era moderna”.
Contudo, 0,3 ETH parece uma quantia alta demais para um colecionável. Ou não seria?
O mundo dos NFT
A questão é: por que pagar por uma imagem que eu posso “printar”? Bom, a lógica é que tais imagens se tornaram itens de colecionador.
Assim como roupas de edições limitadas, figurinhas, cartas de Pokémon e demais itens, muitos NFT geram a sensação de posse única em seus detentores.
É a partir desse sentimento que os preços são criados.
Desta forma, alguns itens — como o Queen of Multitude — estão sendo vendidos por dezenas de milhares de reais.
Isso não quer dizer que NFTs servem apenas como colecionáveis. Eles podem ser itens únicos em jogos online, podem ser informações únicas em uma blockchain.
Os casos de uso de NFTs são diversos, e os itens colecionáveis são apenas uma parte deles.
Se algum investidor acha justo e interessante pagar R$ 3 mil em um meme clássico da internet, então que seja.