Conforme informado por Fernando Ulrich no Twitter, mineradores de criptomoedas estão fugindo da China. O êxodo se dá após o governo chinês emitir novo comunicado de sanções contra operações envolvendo moedas digitais.
No domingo (23), o economista brasileiro comentou sobre o assunto após outro perfil falar sobre a queda da dominância chinesa sobre a hash rate do Bitcoin.
O debate ocorreu em meio às duras correções vistas pelo mercado ontem. Apenas este final de semana, o Bitcoin chegou a desvalorizar em mais de 20%.
Migração em massa?
Criptomoedas tiveram um duro mês de maio. Depois das declarações de Elon Musk, foi a vez da China novamente falar em proibições envolvendo o Bitcoin.
Recentemente, o governo chinês proibiu que instituições financeiras oferecessem serviços envolvendo criptomoedas. A notícia impactou diretamente os preços dos criptoativos, ocasionando duras correções na última semana.
Além disso, movimentações para uma possível proibição da atividade de mineração também teriam desencadeado uma “migração em massa” de mineradores.
“Estamos presenciando potencialmente a ‘grande migração’ da mineração de Bitcoin para fora da China”, disse Ulrich.
No mesmo sentido, o membro da Coin Metrics Nic Carter também foi ao Twitter dar sua opinião sobre o assunto. Segundo o pesquisador, dados apontavam que mineradores estavam se desfazendo de seus Bitcoins.
Carter então associa a venda de BTC por mineradores a um possível custeio para mudança das operações de mineração. Ele completa falando sobre uma mudança de hash rate concentrada na China para o restante do mundo:
“Tudo o que estou vendo indica uma mudança absolutamente sísmica de hash rate da China para o mundo em geral. Não será elegante ou bonito, mas obviamente é ótimo para distribuição de hash rate.”
Êxodo de mineradores pode ter impactado no mercado No domingo, o Bitcoin sofreu uma correção significativa superior a 20%, chegando a operar em US$ 31,2 mil.
Especula-se que o ajuste de preço esteja atrelado à suposta migração de mineradores para fora da China.
“Ouvindo rumores sobre mineradores baseados na China vendendo suas operações e deixando o país hoje”, comentou o perfil Gary Basin.
Apesar da dura queda, o Bitcoin exibe recuperação. Atualmente, o BTC está cotado a US$ 38.303,08, apresentando um crescimento de 14,52% nas últimas 24 horas.
Mineração cresce no Irã
Enquanto a China aperta o cerco contra o Bitcoin, o Irã incentiva a atividade de mineração no país.
O governo iraniano encontrou no mercado de criptomoedas uma forma de driblar os embargos econômicos dos Estados Unidos.
Com valor da energia elétrica baixo, fazendas de mineração estariam migrando para o país.