Por Huw Jones
LONDRES (Reuters) - O órgão fiscalizador global que criou uma série de reformas no setor bancário e no mercado financeiro depois da crise financeira de 2008 disse que suas ações serão mais voltadas em revisar as regras atuais do que desenhar novas.
O Financial Stability Board (FSB), que coordena a regulação financeira do G20, também resistiu a pedidos de alguns membros do G20 para regular criptomoedas, como o bitcoin.
O interesse em criptomoedas aumentou no ano passado, quando os preços delas dispararam – e depois despencaram –, causando alertas por parte de órgãos reguladores.
Mas, em um sinal de pouco consenso por uma atitude mais radical, o FSB disse que é necessária mais coordenação internacional para acabar com falhas no monitoramento do setor, que, embora cresça rápido, representou menos de 1 por cento do PIB em seu ponto mais alto.
“A avaliação inicial do FSB é de que a as criptomoedas não são um risco à estabilidade financeira global neste momento”, afirmou o presidente do FSB, Mark Carney, em carta a presidentes dos Banco Centrais e ministros da Fazenda do G20, que se reunirão na segunda e terça-feiras em Buenos Aires.
Carney, que deixará o cargo neste ano, quando seu mandato como presidente do Banco da Inglaterra acaba, assinalou que seu sucessor comandará um órgão mais focado em rever regras, em vez de criar novas.
“Em um momento no qual se aproxima o encerramento de seu trabalho de consertar as linhas de conexão que causaram a crise financeira, o FSB está crescentemente se afastando da criação de novas regras e passando a atuar mais na implementação dinâmica e avaliação rigorosa dos efeitos das reformas acertadas pelo G20”, afirmou Carney.
((Tradução Redação Brasília, +5561 34267020))