Bitcoin (BTC) é o terceiro investimento mais popular do Brasil, conforme pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a gestora Hashdex. A criptomoeda está presente na carteira de 27,78% das 576 pessoas entrevistadas no levantamento.
Segundo os resultados compartilhados pela Hashdex com o CriptoFácil, o Bitcoin perde apenas para os fundos de renda fixa (40,45%) e para as ações (72,05%). Outros investimentos presentes foram Tesouro Direto (18,92%), commodities (18,06%), moedas estrangeiras (13,19%) e poupança (1,74%).
A pesquisa entrevistou 446 homens e 130 mulheres, entre fevereiro e março de 2021. Todos os entrevistados são investidores que já investem ou nunca investiram em criptomoedas.
Jovens são principais investidores de BTC
De acordo com a pesquisa, jovens abaixo de 29 anos são os que mais possuem conhecimento sobre criptomoedas. Para identificar esse dado, os participantes precisaram identificar siglas de determinadas criptomoedas. As três principais siglas foram Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e XRP, juntamente com outras criptomoedas.
Do total, 36,8% souberam identificar apenas o Bitcoin. Outros 24,1% identificaram Bitcoin e Ethereum, 23% não conheciam nenhuma e apenas 15,8% encontraram todas.
Em relação ao perfil de risco, a maioria dos investidores possui perfil agressivo, ou seja, com alta tolerância ao risco, bem como curso superior relacionado a finanças.
Outro fator identificado na pesquisa foi o nível de preocupação com a economia brasileira. A maioria dos investidores de ações está no grupo que se diz otimista com a evolução da economia. Em contrapartida, os pessimistas predominam entre os investidores de criptomoedas.
Em outras palavras, o BTC e seus pares são vistos como uma forma de proteção contra futuras crises. Os pessimistas também buscam mais investimentos em títulos privados e moedas estrangeiras.
Perfis de investidor
No que se refere ao perfil de risco dos investidores, a distribuição teve um certo equilíbrio. A maioria se classificou como arrojado (36,1%), seguidos de perto pelos moderados (33,3%). Já os investidores agressivos e conservadores vieram em seguida, representando 23,6% e 6,9% dos entrevistados, respectivamente.
O mapeamento também identificou que as mulheres de mais idade tendem a investir mais. Os investimentos entre o gênero feminino estão mais uniformemente distribuídos nas faixas etárias a partir dos 30 anos. Já entre os homens há, conforme visto anteriormente, uma predominância dos mais jovens.
Para Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, a pesquisa tem como objetivo mapear o perfil dos investidores e auxiliar pessoas e empresas a traçarem metas de investimento mais eficientes.
“Conhecer o perfil do investidor interessado nos criptoativos e, ainda, o seu nível de conhecimento sobre este mercado é de extrema importância para que possamos desenvolver ações educativas direcionadas para este público. Entendemos que nosso papel é ajudar o investidor a compreender toda a complexidade deste mercado”, afirmou Sampaio.