A queda no preço das criptomoedas não está afastando o interesse das grandes empresas em minerar Bitcoin (BTC). Recentemente, a Oman Investment Authority, por exemplo, um fundo soberano do Oriente Médio, anunciou sua entrada no setor. O fundo participou da rodada de financiamento da Série C de US$ 350 milhões da Crusoe Energy.
A empresa, que tem sede em Denver, foi pioneira no uso do gas flaring pela extração de petróleo para gerar energia e minerar Bitcoin. O termo “gas flaring” refere-se à queima excessiva de gás associada à extração de petróleo.
A prática enfrenta críticas de ativistas ambientais. Afinal, o processo é uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa.
Minerar Bitcoin
Além do investimento, a Crusoe Energy ganhará incentivos para se instalar no Oriente Médio. O CEO da empresa, Chase Lochmiller, diz que abrirá um escritório em Muscat, capital de Omã, para capturar gás queimado e usá-lo para mineração.
Embora a Crusoe Energy afirme que pode reduzir bastante as emissões relacionadas à queima, ela não é a “queridinha” dos ativistas climáticos. Isso porque eles afirmam que o processo de mineração de Bitcoin tem um consumo intensivo e excessivo de energia. Portanto, mesmo com o uso de gás que seria descartado, a mineração de Bitcoin, para os ativistas, não é sustentável.
Em março deste ano, a Crusoe Energy uniu forças com a gigante de energia americana ExxonMobil (NYSE:XOM). A parceria visa desenvolver um projeto piloto que forneceria gas flaring aos mineradores de Bitcoin.
Além disso, a Crusoe Energy também tem entre seus clientes a petrolífera canadense Enerplus e a Devon Energy, com sede em Oklahoma. Espera-se que ela inicie seu primeiro projeto-piloto no uso de gas flaring para minerar Bitcoin em Omã no próximo ano.
O preço do Bitcoin caiu 31,29% no acumulado do ano, mas Lochmiller diz que a grande correção não afetará os ambiciosos planos de expansão da empresa.