O mercado de criptomoedas entrou num colapso na segunda-feira (13), e nada mudou nesta terça-feira (14). Além das quedas no preço do Bitcoin (BTC) e da Ether (ETH), várias stablecoins e criptomoedas perderam suas paridades com ativos que lhes servem de lastro.
Como resultado, as liquidações alcançaram bilhões de dólares e intensificaram as quedas. Mas de acordo com o analista Peter Brandt, o mercado ainda não atingiu seu fundo. Na visão do analista, o preço do BTC pode cair mais 40% e chegar no fundo de US$ 13 mil.
Curiosamente, Peter Brandt foi o primeiro a prever a queda do Bitcoin para US$ 28 mil, quando o preço estava negociado no nível de US$ 38 mil no início de maio. Brandt também acertou a correção de 2018 e alertou para eventuais quedas no preço da ETH em maio.
Queda de até 40%
O preço do Bitcoin (BTC) está atualmente sob enorme pressão e continua caindo. Atualmente, a criptomoeda está sendo negociado a US$ 22.268, ou cerca de R$ 113 mil na cotação em reais. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda opera em queda de 4,33%.
Na sequência da queda desta terça-feira, Brandt publicou um gráfico no qual compara dois topos de preço do BTC. O primeiro foi a alta histórica de 2019, que chegou a US$ 19.798, enquanto o segundo foi os US$ 13.970, máxima do BTC em junho de 2019.
“Com base no padrão de topo duplo, as altas de dezembro de 2017 e junho de 2019 agora parecem alvos de queda bastante gerenciáveis”, afirma Brandt.
O padrão de topo duplo indica uma reversão técnica iminente que acontece quando o preço atinge duas máximas consecutivas e depois sofre uma queda entre os dois pontos. Nesse sentido, o BTC está justamente na região entre esses dois topos.
Quando o nível de suporte cai abaixo da máxima menor, há a confirmação de uma tendência de queda. Nesse caso, as máximas de dezembro de 2017 e junho de 2019 são as duas metas.
Portanto, se o preço do BTC cair abaixo de US$ 19.798, não há mais nenhum suporte até os US$ 13 mil. Logo, a criptomoeda cairia rapidamente para este nível.
Risco inédito e uma nova esperança
Historicamente, o preço do BTC nunca ficou abaixo das máximas do ciclo anterior. No ciclo do halving passado, a máxima foi justamente a região dos US$ 19 mil. Se o cenário de Brandt virar realidade, seria a primeira vez que o BTC romperia a mínima do ciclo anterior.
Contudo, o cenário atual também reúne condições inéditas. A inflação, por exemplo, registra máximas históricas desde o início do ano. Por isso, a probabilidade de um aumento da taxa de juros para 75 bps pelo Federal Reserve em 15 de junho saltou para 97%.
Mas há motivos para otimismo também, pois o BTC tocou a média móvel de 200 semanas. Quando isto acontece, o preço normalmente forma um fundo a partir do qual o mercado começa a se recuperar.
A média de 200 semanas é utilizada por baleias e investidores institucionais como o nível de entrada mais baixo para o Bitcoin. O toque na média ocorreu nesta terça-feira, quando o BTC caiu para a região dos US$ 21 mil.