O Bitcoin (BTC), primeira e principal criptomoeda do mercado, está perdendo espaço para a Ether, maior altcoin do mercado cripto. É o que mostra um levantamento recente da plataforma CoinText, que compilou um estudo sobre a popularidade das criptomoedas nas nações.
A pesquisa descobriu que os investidores do Ethereum superam os investidores do Bitcoin em 26% dos países do mundo, incluindo nos Estados Unidos.
Segundo os pesquisadores, isso fornece um novo impulso ao debate do chamado “flippening”. O termo é adotado por entusiastas de criptomoedas que prevêem que o Ethereum vai ultrapassar o Bitcoin em valor de mercado.
O estudo se concentrou nas duas grandes criptomoedas – Bitcoin e Ethereum – bem como Dogecoin, Solana e XRP. Os dados datam de janeiro de 2022 e são derivados de uma pesquisa do Finder.com em 27 países.
Os resultados são ponderados usando o processo de classificação interativa do Google (NASDAQ:GOOGL), refletindo a distribuição da população nos países.
No Brasil Bitcoin ainda supera Ethereum
No Brasil, o BTC ainda é a criptomoeda favorita de 55,1% dos investidores em criptomoedas. Enquanto isso, o relatório mostra que a Ether é a favorita de 20,4% dos investidores.
Conforme destaca o relatório, as pessoas que investem em cripto na Argentina são as mais maximalistas do Bitcoin, com 73% dos investidores em criptomoedas investindo em BTC.
A segunda moeda digital mais popular entre os investidores argentinos é o ETH. Mas apenas 14% dos investidores o possuem. Isso significa que a diferença é de 58,7%, a maior observada em qualquer país.
“Os dados sugerem que a vulnerabilidade do peso argentino está levando cada vez mais argentinos a fugir da moeda em favor do Bitcoin”, dizem os pesquisadores.
Panorama nos EUA: ETH > BTC
Já nos EUA, a mania das memecoins é predominante. No país norte-americano, há mais investidores em Dogecoin (DOGE) do que em qualquer outro país pesquisado.
Além disso, Ether é o criptoativo preferido dos estadunidenses com 31,7% dos investidores tendo ETH em comparação com apenas 22,8% que detêm BTC.
“Esse é um ponto de dados que não esperávamos ver. Mas mostra que o Ethereum realmente se juntou ao Bitcoin como uma criptomoeda ‘blue-chip’”, afirma o levantamento.
Flippening: país com mais investidores em Ethereum
Ainda segundo o relatório, 7 dos 27 países pesquisados parecem acreditar que o flippening tem chance de ocorrer. Afinal, mais investidores nessas nações possuem Ethereum do que Bitcoin.
O país que mais acredita nisso é Cingapura, que possui a maior parcela de investidores de Ethereum em comparação com investidores de Bitcoin.
Enquanto apenas 28,4% dos investidores em criptomoedas de Cingapura possuem Bitcoin, 43,5% possuem Ethereum, uma diferença de 15,1% – a mais alta de qualquer nação.
“Com a Ethereum Merge se aproximando cada vez mais, Cingapura prenderá a respiração mais do que qualquer nação na esperança de um aumento de preço assim que as grandes atualizações forem lançadas”, destaca o relatório.
Os outros países a favorecer o Ethereum sobre o Bitcoin são Vietnã, Rússia, África do Sul, Suécia e Reino Unido. O relatório ressalta, no entanto, que os dados foram obtidos antes da invasão russa da Ucrânia. Portanto, é interessante verificar novamente se Ethereum continua mais popular que o Bitcoin na Rússia.
Altcoins
Embora Doge seja amplamente adotada entre os investidores dos EUA, o relatório ressalta que nenhuma das outras moedas pesquisadas (DOGE, Solana, XRP) foi listada como a moeda digital mais popular em qualquer país.
No entanto, a “queridinha” de Elon Musk é a criptomoeda com mais investidores no quadro geral, após BTC e ETH.
De acordo com o levantamento, a memecoin foi a altcoin mais detida do conjunto de dados, com 12 dos 27 países pesquisados com mais DOGE do que qualquer outra altcoin – excluindo BTC e ETH.
Em seguida, vem o XRP, que foi o mais popular em 9 dos 27 países. Enquanto isso, Solana ficou no topo das classificações nos 6 países restantes.
XRP é a terceira cripto dos brasileiros No Brasil, a terceira criptomoeda mais presente na carteira dos investidores é o XRP da Ripple, com 18,8% de investidores detendo o token.
Em seguida, vem a DOGE com 17,8% e a Solana está presente em 5,3% das carteiras dos investidores do Brasil.