O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apreendeu US$ 24 milhões (R$ 134 milhões) em criptomoedas após um pedido do governo brasileiro.
De acordo com o DOJ, os fundos estão supostamente vinculados ao esquema de investimento de criptomoedas InDeal. Mais precisamente, ao sócio Marcos Antônio Fagundes.
Os EUA apreenderam as propriedades de Fagundes com sede nos EUA como parte do “Tratado entre os Estados Unidos da América e o Brasil sobre Assistência Jurídica Mútua em Matéria Criminal”.
“Em execução do pedido brasileiro de assistência, um pedido para fazer cumprir a ordem de apreensão brasileira foi protocolado no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Colúmbia, que visa apreender criptomoedas pertencentes ou controladas por Fagundes nos Estados Unidos”, disse o DOJ.
Ex-membro da InDeal tem fundos apreeendidos
O Brasil emitiu a apreensão de fundos detidos nos EUA por Marcos Antônio Fagundes. Ele é um dos sócios da InDeal.
Fagundes também enfrenta várias acusações no Brasil. Algumas delas são:
- Operação ilegal de uma instituição financeira;
- Violação da lei de valores mobiliários;
- Lavagem de dinheiro.
Fagundes supostamente operava um esquema que oferecia investimentos em criptomoedas pela internet e pessoalmente.
Segundo a acusação, os réus solicitaram esses investimentos em reais ou criptomoedas. Em seguida, eles prometiam investir o dinheiro, oferecendo altos retornos.
O esquema causou mais de R$ 1 bilhão em prejuízo.
Operação Egypto chega aos EUA
O governo brasileiro afirma que muito pouco foi investido e os visados tiveram muito pouco retorno.
Fagundes e seus sócios fizeram promessas falsas e inconsistentes sobre os planos de investimento oferecidos e os retornos esperados.
A apreensão faz parte da Operação Egypto, que investiga casos de fraude financeira ligados à InDeal. Em 2019, o Tribunal de Justiça de São Paulo bloqueou R$ 150 mil em contas bancárias supostamente ligadas à empresa.
Mais recentemente, um leilão de carros de luxos dos sócios da InDeal terminou com a venda de 8 carros de luxo. O valor arrecadado foi de R$ 1,1 milhão.