Investing.com - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o pedido de registro do primeiro ETF (Exchange Traded Fund) à vista de Solana no continente americano, a frente inclusive dos EUA. O anúncio foi realizada na quarta-feira (7) pela QR Asset Management, gestora do fundo que será administrado pela Vortx. Em fase pré-operacional, o ETF depende da aprovação da B3, a bolsa brasileira, para que as negociações do fundo possam ter início.
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O ETF à vista de Solana utilizará como referência o índice CME CF Solana Dollar Reference Rate, desenvolvido pela CF Benchmarks com apoio da Bolsa de Chicago (CME - Chicago Mercantile Exchange). Isso significa que o ETF à vista de Solana aprovado pela CVM seguirá a variação média do preço da Solana em dólar. O índice de referência obtém o preço médio da Solana a partir de dados de transações das principais exchanges reguladas de criptomoedas do mundo.
O novo produto de investimento é destinado para investidores institucionais e de varejo que desejam se expor ao mundo cripto, segundo o diretor comercial da QR Asset, Murilo Cortina. "Estamos promovendo um mercado cada vez mais robusto para que um público maior possa se expor a essa tecnologia inovadora, que é o blockchain, com mais camadas de segurança", diz Cortina. "Estamos orgulhosos de sermos pioneiros globais neste segmento, consolidando a posição do Brasil como um mercado de vanguarda para investimentos regulados em criptoativos", afirma Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset.
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A aprovação do ETF à vista de Solana foi bem recebida pelo mercado. "O Brasil sai, novamente, na vanguarda. No mercado de cripto, o país é, realmente, um dos mais avançados nesse sentido", avalia Renato Nobile, gestor da Buena Vista Capital. Nobile aponta o avanço do mercado brasileiro na diversidade de ETFs de criptos, número de protocolos e de estratégias neste mercado, a frente inclusive de países desenvolvidos. "Os Estados Unidos têm, por exemplo, demorado bastante para a aprovação do primeiro ETF de Bitcoin que saiu somente este ano", prossegue o gestor, apontando a vanguarda do Banco Central do Brasil na interligação do mercado tradicional com o mercado de criptoativos regulados a partir do Drex, a moeda digital do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês).
"A CVM se mostra mais uma vez na vanguarda, e bastante aberta a essas novas tecnologias, novas possibilidade, e entendendo que há uma demanda existente do mercado regulado para esse tipo de produto", saúda José Artur Ribeiro, CEO da Coinext. "É ficar atento, agora, ao preço da Solana no mercado para ver se isso vai impactar de alguma forma, ver se o Brasil tem algum reflexo importante no preço desse ativo", completa Ribeiro.