Bancos brasileiros foram questionados por Tesouro dos EUA sobre ações envolvendo Lei Magnitsky, diz fonte
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar cede ante o real nesta quarta-feira acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, enquanto o mercado monitora o segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Às 10h00, o dólar à vista caía 0,49%, a R$5,4482 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,31%, a R$5,4885.
O recuo do dólar ante o real está em sintonia com o sinal negativo da moeda norte-americana no exterior, onde investidores seguem apostando que o Federal Reserve cortará juros em sua reunião de setembro.
Nos EUA, agentes financeiras ficarão atentos ainda à divulgação, no fim da manhã, dos dados sobre encomendas à indústria e do relatório Jolts, sobre vagas abertas no mercado de trabalho, ambos referentes a julho.
Internamente, conforme o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, investidores já começam a se posicionar para a possibilidade de futuras captações externas por empresas brasileiras, na esteira da captação feita na véspera pelo Tesouro Nacional.
"Há fluxo (de dólares) para entrar, o que também ajuda (na queda do dólar)", pontuou Rugik.
Em outra ponta, o mercado também está atento ao julgamento de Bolsonaro. "Dependendo de o que ocorrer, talvez ele implique novas sanções contra o Brasil. Ainda não faz preço, mas o julgamento é acompanhado", disse Rugik.
A defesa de Bolsonaro será a segunda a falar na sessão desta quarta-feira no STF, após a defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$5,4748.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.
(Por Fabrício de Castro)