A THORSwap, principal exchange descentralizada (DEX) da Thorchain, lançou a fase beta fechada de sua V2. O gerente de produtos da THORSwap, conhecido como The Bull, estima que cerca de 200 pessoas estejam testando a plataforma nesta nova fase.
Por baixo do do capô, a nova versão apresenta integração com a rede Terra e melhorias para negociações com tokens ERC-20. Além disso, o projeto melhora uma das maiores barreiras para novos usuários de criptomoedas: a experiência do usuário, ou UX.
A nova versão Imagens valem mais do que mil palavras. Abaixo, é possível conferir a interface atual da THORSwap:
A nova versão vai ‘direto ao ponto’, exibindo os pools de liquidez e limpando a barra lateral, deixando apenas opções claras:
Cabe ressaltar que é possível personalizar as informações disponíveis na tela inicial, como valor total alocado TVL, os pools mais utilizados, etc.
Outro ponto interessante é a presença de um resumo de taxas no canto superior esquerdo. Já que a Thorchain é utilizada para fazer trocas de ativos nativos, os custos de cada rede são importantes informações.
A versão beta será aberta ao público amanhã (13), embora o horário ainda não tenha sido revelado.
Thorchain e swap de tokens nativos
A Thorchain é, atualmente, o projeto dentro do ambiente de finanças descentralizadas (DeFi) mais avançado na busca de trocas de ativos nativos.
Em português claro, o modelo mais popular de interoperabilidade entre blockchains hoje se dá por meio de ativos sintéticos. Para usar Bitcoin na rede Ethereum, é necessário emitir um token sintético que, no caso, é o Wrapped Bitcoin (WBTC).
No caso da Thorchain, plataformas como a THORSwap permitem a negociação entre ativos nativos. Ou seja: quem chega com Bitcoin e quer sair com Ethereum, não sai com tokens sintéticos, mas com ETH nativas.
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“M-Mas como isso é possível?”, você me pergunta. Bom, vou tentar explicar de forma simples esse processo complicado.
Resumo de como funciona A Thorchain se comunica com outras blockchains por meio de um sistema chamado de Bifrost. A Bifrost é composta assim: cada nó da Thorchain possui um nó em cada rede onde há oferta de pools. Isso significa que, caso a Thorchain ofereça trocas entre 40 ativos nativos diferentes, seus nós terão outros nós em 40 blockchains diferentes.
O processo de swap, para o usuário, consiste em colocar o token nativo que ele quer trocar e o token nativo que ele quer receber. Mas, por trás das cortinas, acontece assim:
- Digamos que 1 BTC vale 13 ETH, e um usuário quer fazer essa exata troca: chegar com 1 BTC e sair com 13 ETH. Então, ele informa dentro da plataforma uma carteira de BTC e outra de ETH;
- Na prática, o que acontece é: ele envia o BTC para um endereço da Thorchain, e a transação deve ser aprovada por 2/3 dos nós da rede. Enquanto isso, ela fica pendente;
- É aqui que a Bifrost age, pois ela está checando as informações da blockchain do Bitcoin e enviando para a Thorchain;
- Após a aprovação da transação, a troca é comunicada ao restante da rede Thorchain. As ETH que o usuário receberá na outra ponta, em sua carteira de ETH, sairá dos pools da exchange descentralizada;
- Agora, a Bifrost faz o processo de saída de ETH, comunicando a transação à rede Ethereum. O usuário recebe os 13 ETH em sua carteira.
Apesar das explicações, tenha em mente que o projeto da Thorchain já teve suas falhas de segurança exploradas três vezes em 2021. Auditorias foram feitas após as descobertas das brechas, e nada aconteceu desde então. De qualquer forma, tenham em mente que o projeto tem seus riscos.
É isso, pessoal. Com essa V2 da THORSwap, vemos que projetos DeFi estão tentando tornar as aplicações mais amigáveis aos investidores. Tomara que isso vire regra, não aguento mais mexer com interface feia.
Esse material tem o intuito de informar e entreter. Em hipótese alguma ele configura recomendação de investimento. Nenhum animal, com exceção do autor, foi ferido durante o processo de escrita do conteúdo.