A última semana registrou uma forte recuperação no mercado de criptomoedas, com o Bitcoin (BTC), por exemplo, se valorizando mais de 11%. Contudo, o trader conhecido como Capo afirma que esta valorização é uma armadilha para os compradores.
Nesse sentido, o trader – que previu a recente queda nos preços das criptomoedas – se mantém fora do mercado. Capo afirma que mesmo com a valorização, a força vendedora ainda permanece no controle dos preços e, portanto, ainda há risco de novas desvalorizações.
Momento de decisão
De acordo com Capo, o BTC está agora em um intervalo de decisão. Com isso, o mercado começa a se decidir se os próximos movimentos serão de acumulação ou redistribuição.
No primeiro caso, os investidores começam a comprar e acumular BTC, preparando o mercado para um ciclo de valorização. Por outro lado, na redistribuição ocorrem diversas vendas, sobretudo entre os pequenos investidores.
Porém, Capo afirma que o movimento atual se parece mais com uma redistribuição por causa de uma série de fatores. Em primeiro lugar, as acumulações geralmente possuem intervalos maiores, mas o intervalo atual, segundo Capo, é pequeno.
Além disso, o trader destacou a grande abertura de posições, outra característica de um mercado de baixa. Também há “muitas divergências de baixa ocultas” visíveis a partir de uma visão ampliada do mercado.
Portanto, os indicadores sugerem que o recente aumento provavelmente será temporário. Ele chama o último salto de preço de “bomba de fraude”, convencido de que o Bitcoin acabará por corrigir novamente. No entanto, o analista não deu previsões sobre a intensidade da desvalorização.
Bitcoin e mercado recuperam fôlego
Na manhã desta terça-feira (19), o preço do BTC opera a US$ 22.019, queda de 0,16%. Mas no acumulado da semana, a criptomoeda soma uma alta de 11,2%.
A Ether (ETH), segunda maior criptomoeda do mercado, vale US$ 1.544 e registra uma valorização bem mais expressiva: 44,75% nos últimos sete dias. Como resultado destas valorizações, o mercado de criptomoedas recuperou o patamar de US$ 1 trilhão, valendo US$ 1,027 trilhão no total.
No entanto, o BTC ainda permanece quase 68% abaixo de sua máxima histórica de mais de US$ 69 mil, atingida em novembro de 2021.
Na segunda-feira (18), o ex-executivo da gestora BlackRock (NYSE:BLK) Edward Dowd afirmou que o BTC fará parte do portfólio de todos os gestores no futuro. Dowd destacou as vantagens da criptomoeda em relação ao ouro e que, nesse sentido, o BTC tem condições de substituir o metal dourado como reserva de valor e proteção dos investidores.