Por Alexandre Caverni
SÃO PAULO (Reuters) - O quadro eleitoral permaneceu praticamente inalterado, mostrou pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, com a presidente Dilma Rousseff (PT) melhorando nas variações registradas, mas dentro da margem de erro, e chegando ao empate numérico com Marina Silva (PSB) em simulação de segundo turno.
Para o primeiro turno, Dilma lidera com 38 por cento das intenções de voto, ante 36 por cento na semana passada, seguida por Marina, que passou a 29 por cento (ante 30 por cento) e Aécio Neves (PSDB), que permaneceu com 19 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
O pastor Everaldo (PSC) manteve 1 por cento das intenções de voto, enquanto todos os candidatos restantes somados chegaram a 2 por cento. Os votos brancos e nulos permaneceram em 7 por cento, enquanto os indecisos passaram a 5 por cento, ante 6 por cento.
Em simulação de segundo turno, Dilma oscilou 1 ponto para cima e foi a 41 por cento, empatando com Marina, que oscilou 2 pontos para baixo, dos 43 por cento que tinha na semana passada.
Num confronto entre a presidente e Aécio, a petista venceria por 46 por cento a 35 por cento. Na semana passada o placar era de 44 a 37 por cento.
Apesar de ter oscilado para baixo tanto no primeiro como no segundo turno, Marina seguiu mostrando resistência aos ataques que vem sofrendo de Dilma e Aécio. Mais importante para ela foi que o tucano, que tinha crescido 4 pontos na semana passada, parou de subir, pelo menos por ora, mantendo uma distância de 10 pontos percentuais entre os dois a menos de duas semanas da votação.
A má notícia para a candidata do PSB é que acabou completamente a vantagem que tinha sobre Dilma nas simulações para uma segunda rodada, que chegou a ser de 9 pontos pelo Ibope, reforçando a previsão de um eventual segundo turno bastante disputado entre as duas.
A desvantagem da petista está em sua rejeição, que chega a 31 por cento, contra 17 por cento de Marina, segundo o Ibope.
Mas a presidente também pode comemorar a melhora, ainda que dentro da margem de erro, na avaliação ótima ou boa do seu governo, que foi a 39 por cento, ante 37 por cento. A avaliação regular e a ruim/péssima ficaram inalteradas em 33 e 28 por cento, respectivamente.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores de 296 municípios entre os dias 20 e 22.