Copenhague, 30 jan (EFE).- A Agência Pública de Emprego da Suécia anunciou nesta quarta-feira a demissão de 4,5 mil trabalhadores, um terço de seu quadro, pela redução no orçamento e as reformas estipuladas pelo novo Governo com a centro-direita.
Os orçamentos para este ano incluem uma redução da atribução anual à agência em despesas administrativas de 800 milhões de coroas suecas (77 milhões de euros), assim como de 4,5 bilhões (434 milhões de euros) em programas de busca de emprego.
As reduções orçamentárias foram aprovadas no mês passado pelo Parlamento sueco, que rejeitou as contas provisórias do então Governo interino do social-democrata Stefan Löfven e votou em uma moção alternativa de conservadores e democratas-cristãos, apoiada também pela extrema-direita.
Löfven fechou um acordo semanas depois com centristas e liberais que lhe permitiu, graças também à abstenção dos ex-comunistas, seguir no poder por mais quatro anos, embora não poderá introduzir mudanças substanciais nos orçamentos deste ano.
O acordo de social-democratas, ecologistas, centristas e liberais inclui, além disso, por exigência destes dois últimos, uma reforma profunda da agência, que passará a funcionar como um aparelho de controle e gestão, enquanto a oferta e busca de emprego recairá de forma exclusiva a empresas privadas.
Na posse de Löfven há duas semanas, os ex-comunistas ameaçaram apoiar uma moção de censura contra ele se tentar realizar a reforma da agência pública de emprego estipulada com a centro-direita.
"É uma decisão dura a que tomamos, embora faremos todo o possível para que os demitidos recebam o apoio que necessitam", afirmou em comunicado o diretor da agência, Mikael Sjöberg, enquanto os sindicatos falaram de situação "caótica".
Este organismo público conta atualmente com 13,5 mil empregados, além de 430 consultores, e dispõe de 242 escritórios.