Por Anna Yukhananov
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Se a inflação da zona do euro subir de volta à meta mais lentamente do que anteriormente esperado, o Banco Central Europeu (BCE) pode precisar cortar sua taxa de depósito ainda mais, disse na terça-feira o membro da Comissão Executiva do BCE Benoit Coeure.
As taxas de juros reais importam mais para a economia do que as taxas nominais, e as expectativas de inflação em queda elevam as taxas reais, disse Coeure na Cidade do México.
"Se virmos um risco de a inflação voltar a 2 por cento...de uma maneira muito mais lenta do que seria anteriormente esperado...isso também pode significar um ajuste na taxa de depósito", disse Coeure. "É uma discussão em aberto."
O BCE já disse que sua taxa de depósito, a -0,2 por cento, atingiu o patamar mais baixo, embora na semana passada tenha levantando a perspectiva de mais cortes, e os mercados estão precificando em uma redução para -0,3 por cento quando o Conselho se encontrar em dezembro.
As ferramentas que o BCE usa vão depender dos choques que ele vir para a liquidez ou para as taxas de juros, disse Coeure em uma conferência no Instituto Tecnológico Autônomo do México.
"Temos ferramentas diferentes que podemos utilizar", disse. "A razão pela qual isso merece uma discussão é que nós apenas queremos estar certos de que vamos usar os instrumentos corretos".
"Se é sobre taxas de juros, se é sobre liquidez... essa é a discussão que estamos tendo", acrescentou.