Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O vice-presidente do Banco do Japão, Masayoshi Amamiya rejeitou nesta sexta-feira visões do mercado de que o banco central está reduzindo suas aquisições de títulos e tentando sair de sua política de ultra-afrouxamento.
Depois de mudar para uma política de mirar taxas de juros ante uma anterior sobre o ritmo de impressão de moeda, o BOJ não se compromete mais em definir um ritmo de aquisição de títulos, mas promete aumentar sua posição a uma quantidade anual de cerca de 80 trilhões de ienes.
"Alguns analistas disseram que o banco central está embarcando em uma redução furtiva, já que as compras reais desaceleraram de cerca de 50 trilhões de ienes, parcialmente porque ele precisa comprar menos títulos para manter baixos os rendimentos dos títulos, dada sua presença dominante no mercado.
"O ritmo de compra de títulos do BOJ flutua de tempos em tempos, dependendo dos movimentos de mercado", disse Amamiya ao Congresso.
"Isso é completamente diferente da redução do Federal Reserve, que é uma desaceleração firme e intencional (na compra de títulos), voltada para a normalização de política monetária", disse ele.
O diretor-executivo do BOJ, Eiji Maeda, disse para um comitê parlamentar que o banco central não tem planos atualmente para diminuir seu amplo programa de estímulo, já que a inflação permanece distante de sua meta de 2 por cento.
"Não estamos num momento em que precisamos considerar o timing ou de indicar mudanças em nossa atual política, incluindo taxas de juros negativos", disse Maeda.
"É importante perseguir pacientemente um afrouxamento monetário poderoso."