Investing.com – Após decisões de política monetária no Brasil e no México, o banco suíço Julius Baer avaliou que os Bancos Centrais dos países adotaram uma abordagem mais cautelosa refletindo uma tendência mais hawkish das instituições dos mercados emergentes.
“Embora a inflação persistente e as pressões políticas continuem a ser fundamentais para o sentimento interno, o desempenho dos ativos locais foi recentemente dominado pelas perspectivas para as taxas de juros dos EUA”, aponta o Julius Baer em nota divulgada a clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 10. Assim, real e peso mexicano continuam afetados por um cenário mais cauteloso e por um carry elevado.
No entanto, dados de inflação mais fracos nos Estados Unidos podem mudar esse cenário e apresentar um “catalisador ascendente significativo para os mercados latino-americanos”, pondera Nenad Dinic, analista de renda fixa do Julius Baer.
Decisões dos Bancos Centrais em Brasil e México
Na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 10,5%. A decisão foi dividida e todos os diretores nomeados pelo atual governo defenderam que o ritmo de cortes anterior, em 0,5 ponto percentual, fosse mantido.
“A decisão dividida expôs divergências políticas, com analistas notando uma influência potencial do governo. O consenso espera outro corte nas taxas de 25 pontos base em junho e uma taxa diretora no final do ano em torno de 9,75% –10,00%”, destaca, na nota.
Na quinta, o Banco Central do México (Banxico) decidiu pela manutenção na sua taxa básica de juros, em 11,00%, em decisão unânime, após reaceleração da inflação no mês de abril, conforme esperado pelo mercado, adotando postura cautelosa.
“O tom agressivo do banco e as revisões em alta da inflação sublinharam a probabilidade de permanecer inativo por mais tempo, potencialmente adiando novos cortes nas taxas até junho ou mais tarde”, completa.
O Julius Baer menciona a semelhanças na abordagem mais agressiva dos BCs dos mercados emergentes, mas pondera que as diferenças são notáveis, incluindo a divisão do Copom, que demonstraria tensões políticas sobre o ritmo da flexibilização, enquanto o Banxico teria apresentado “uma frente unificada na manutenção de uma postura agressiva”.
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