Brexit: pesquisa mostra vantagem da saída da União Europeia em plebiscito no Reino Unido (David Holt /Flickr)
SÃO PAULO - O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo segue em queda nesta segunda-feira (13), ampliando a desvalorização acumulada de 2,3% na semana passada. Enquanto aguarda novas iniciativas do governo Michel Temer para conter a despesa pública, a Bolsa brasileira é contaminada pelas incertezas no mercado internacional a respeito da saúde da economia mundial.
A tensão dos investidores aumenta à medida que se aproxima o plebiscito que decidirá a permanência do Reino Unido na União Europeia, o tal Brexit, no dia 23 de junho. Pesquisa mostra 10 pontos de vantagem para a saída britânica. De acordo a empresa de pesquisas Axioma, as ações europeias poderiam perder cerca de 25% de seu valor imediatamente após o Brexit.
Na visão da gestora Infinty, o atentado neste fim de semana em Orlando, nos Estados Unidos, tende a fortalecer a votação pela saída do Reino Unido devido à questão do maior controle de fronteira. A tragédia domina o fluxo de notícias e entra no debate político em tempos de eleições presidenciais norte-americanas.
Para completar o clima de cautela, dados fracos de investimento na China dão o pontapé inicial da agenda econômica da semana que tem ainda a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) que definirá o futuro da política monetária do país.
No Brasil, além da solenidade que marca a transmissão do cargo de presidente do Banco Central de Alexandre Tombini para Ilan Goldfajn, há a expectativa por medidas econômicas do governo Temer. Segundo apuração da Folha de S.Paulo, a PEC que estabelece o teto de gastos públicos deve ter um prazo de cerca de sete anos. O Estado de S. Paulo aponta que o governo pretende votar a questão até o fim de julho.
Por volta de 10h10, o Ibovespa perdia 1,03%, aos 48.910 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subia 1,10%, cotado a R$ 3,4576.