⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Arrecadação federal soma R$160,426 bi em janeiro, terceira queda consecutiva

Publicado 19.02.2019, 15:56
© Reuters. Notas de real
CL
-
ELET3
-

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal teve queda real de 0,66 por cento em janeiro na comparação com igual mês de 2018, a 160,426 bilhões de reais, recuando pelo terceiro mês consecutivo, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

Antes disso, o dado veio no vermelho em dezembro (-1,03 por cento) e em novembro (-0,27 por cento).

Questionado sobre a sequência de resultados negativos, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, afirmou que "não há preocupação nesse sentido até porque os ganhos serão marginais a partir de agora".

Malaquias explicou que a base de comparação já embute uma retomada econômica concretizada no passado. Por essa razão, "a tendência é que as bases comecem a se aproximar". A avaliação se dá a despeito de o governo projetar uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5 por cento em 2019, ante 1,4 por cento calculado para 2018, conforme último relatório bimestral de receitas e despesas do ano passado.

A performance de janeiro foi afetada pela forte base de comparação, já que no mesmo mês do ano passado o governo registrou um forte ingresso de recursos com o programa de renegociação tributária, popularmente conhecido como Refis.

No total, foram levantados 8,238 bilhões de reais nessa linha, contra apenas 480 milhões de reais em janeiro deste ano.

O resultado geral de janeiro só não foi pior porque o governo registrou alta real de 27,51 por cento com receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo por royalties do petróleo.

Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita Federal, a retração foi de 2,12 por cento em janeiro sobre um ano antes.

Em apresentação, a Receita também justificou que houve redução das alíquotas de PIS/Cofins e CIDE sobre o óleo diesel, razão pela qual a arrecadação com esses tributos sobre combustíveis caiu 943 milhões de reais sobre janeiro de 2018.

Desconsiderado esse efeito e o do Refis, haveria alta de 3,83 por cento na arrecadação das receitas administradas pela Receita no primeiro mês do ano, apontou o órgão.

Na semana passada, o governo divulgou em decreto de programação orçamentária que, numa medida de precaução, o pagamento de despesas para os três primeiros meses de 2019 será limitado, a cada mês, a 1/18 avos do valor anual da Lei Orçamentária Anual (LOA).

A alegação foi de que a medida de aperto é condizente com a manutenção de uma "política fiscal consistente, para garantia da sustentabilidade da dívida pública no longo prazo". No restante do ano, o pagamento será linearizado segundo os valores que constam na LOA.

Por trás da cautela, estão incertezas quanto ao desempenho da receita do ano, em meio a uma atividade econômica lenta e ingressos extrordinários que podem não se concretizar. Nessa frente, o Orçamento conta, por exemplo, com receita de cerca de 12 bilhões de reais decorrente de privatização da Eletrobras (SA:ELET3), mas o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já afirmou que isso só pode ser mantido se o Ministério de Minas e Energia formalizar que conta com a operação -- o que ainda não fez.

© Reuters. Notas de real

Mesmo com os desafios, membros da equipe econômica têm dito que o governo cumprirá a meta fiscal deste ano, de um rombo primário de 139 bilhões de reais para o governo central. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou, inclusive, que o objetivo será de zerar o rombo ainda neste ano, tarefa que depende fundamentalmente de receitas extraordinárias, como as eventualmente levantadas com o leilão de excedente do pré-sal.

(Por Marcela Ayres; Edição de Camila Moreira)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.