NOVA YORK (Reuters) - As commodities saltaram nesta sexta-feira e registraram seus maiores ganhos semanais em mais de três anos, com o mercado de metais básicos subindo após a Glencore (LONDON:GLEN) prometer cortar a produção de zinco e o ouro atingir máxima de três semanas com declarações do banco central dos Estados Unidos.
A alta dos metais superou um mercado volátil de petróleo. O Brent, a referência global, escorregou nesta sexta-feira sob pressão de buscas de barganhas mesmo com o petróleo nos Estados Unidos registrando a maior alta semanal em seis semanas.
Analistas disseram que o rali indicou que as commodities estavam atingindo o fundo de suas recentes liquidações, após os acentuados declínios de preços impulsionarem cortes de produção.
Os metais básicos ficaram "explosivos" após o surpreendente anúncio da Glencore de que cortará a produção de zinco em 500 mil toneladas por ano, removendo 4 por cento da capacidade global, disse o analista da INTL FCStone Ed Meir.
O zinco subiu 12 por cento em seu maior ganho diário em pelo menos uma década. O chumbo subiu mais de 6 por cento e o níquel subiu mais de 3 por cento.
Preocupações sobre um excesso de estoques pressionaram os preços no mês passado para suas mínimas em mais de cinco anos.
O dólar mais fraco impulsionou outros mercados de matérias-primas, um dia após o Federal Reserve lançar as atas de reunião de setembro que reforçaram as expectativas de que o banco central evitará qualquer aumento na taxa de juros dos EUA até 2016.
O índice Thomson Reuters/Core Commodity CRB, uma referência global que monitora 19 commodities, encerrou em alta de mais de 4 por cento na semana, seu maior avanço desde junho de 2012. Nesta sexta-feira, o CRB subiu 0,7 por cento, tocando sua máxima diária desde o final de julho.
(Por Barani Krishnan; reportagem adicional por Maytaal Angel, Eric Onstad, Mariana Ionova, David Brough e Naveen Thukral)