FRANKFURT (Reuters) - A maior empresa de serviços públicos da Alemanha E.ON reorganizou seus negócios, dando um passo rumo à cisão do grupo neste ano para responder a uma crise no setor que tem comprometido lucros e mandado suas ações para mínimas recordes.
A E.ON separou suas usinas hidrelétricas, de carvão e de gás, como também o negócio de comercialização de energia, em 1 de janeiro, colocando-a no caminho de listar a maior parte deste novo negócio que nomeou de Uniper no segundo semestre. Ela planeja vender a parcela remanescente no médio prazo.
A E.ON anunciou no fim de 2014 planos de cindir-se em duas, deixando a empresa estabelecida com energia renovável, redes de energia e serviços para combater os preços em queda da energia que levaram muitas de suas usinas convencionais ao prejuízo.
"Nossa ambição é para ambas as companhias, que em breve serão legalmente independentes uma da outra, para serem players líderes de suas respectivas áreas de energia", disse o presidente-executivo da E.ON, Johannes Teyssen, em um comunicado
O plano, que precisa da aval de acionistas numa reunião prevista para 8 de junho, teve um obstáculo em 2015, quando a E.ON teve que retomar usinas nucleares alemãs que originalmente queria transferir para a Uniper, cedendo a temores de que estaria se esquivando da responsabilidade de pagar pelas cisões.
A Uniper tem 40 GW de capacidade de geração de energia e é liderada por Klaus Schaefer, que desempenhou a função de diretor financeiro na E.ON até meados de 2015.
(Reportagem por Christoph Steitz)