BAGDÁ (Reuters) - Um homem-bomba dentro de um carro matou 19 pessoas e feriu outras 48 neste sábado, em um ataque do Estado Islâmico a um grupo de peregrinos xiitas em um subúrbio de Bagdá, disseram fontes da polícia iraquiana.
Uma segunda explosão, próxima a um posto de controle de uma milícia xiita no bairro de Dora matou duas pessoas e feriu outras três, segundo a polícia. Nenhum grupo ainda reivindicou a autoria desse ato.
A agência de notícias Amaq, que apoia o Estado Islâmico, disse que um combatente do distrito de Nahrawan conduziu um caminhão com três toneladas de explosivos até o grupo de peregrinos xiitas. Eles se dirigiam ao santuário do Imã Kadhim para lembrar os oito séculos da morte de um dos xiitas mais importantes da história.
A segurança melhorou recentemente em Bagdá, que há uma década era palco de ataques diários, mas ações de militantes contra forças de segurança e civis ainda são frequentes.
O crescimento do Estado Islâmico, que luta contra o governo para controlar o norte e o oeste do Iraque, aumentou os conflitos étnicos no país, principalmente entre sunitas e xiitas, surgidos principalmente após a invasão norte-americana em 2003.
Também neste sábado, militantes do EI lançaram uma ofensiva perto da cidade de Baiji, reconquistada por forças iraquianas e milícias xiitas meses atrás, junto com uma grande refinaria de Petróleo que ficou devastada pelo conflito.
Na primeira série de ataques, ocorrida ainda na noite de sexta em Siniya, o Estado Islâmico tomou quatro postos de controle, de acordo com fontes do comando de operações Salahuddin. Os militantes usaram carros-bomba, matando 11 membros das forças de segurança e ferindo outros 12.
A partir do leste de Baiji, militantes atacaram forças de segurança perto de Makhoul, matando três policiais e ferindo outros dois.
(Reportagem de Kareem Raheem em Bagdá e Ghazwan Hassan em Tikrit)