Miami, 5 fev (EFE).- Brasil, Chile, Peru, Colômbia, México,
Uruguai e Costa Rica registrarão crescimento econômico em 2010
graças à consolidação de políticas que promoveram os investimentos e
as trocas comerciais, previram hoje analistas em Miami, nos Estados
Unidos.
Por outro lado, países como a Argentina e a Venezuela poderiam
ficar no outro lado do espectro, de acordo com analistas que
participaram da conferência "América Latina 2010: previsão
econômica, comercial e de negócios", do Centro de Política
Hemisférica da Universidade de Miami.
Liliana Rojas-Suárez, pesquisadora do Centro de Desenvolvimento
Global, com sede em Washington, ressaltou os casos de Peru e
Colômbia, que apresentam expectativas de crescimento econômico de
5%.
"Acho que a economia peruana crescerá mais rápido e de forma mais
sólida que a da Colômbia. É preciso reconhecer que ambos são os
melhores exemplos de quão bem alguns países da região souberam
enfrentar a crise econômica", afirmou diante dos 200 participantes
do evento.
A economista assegurou que, no lado oposto, se encontra
Venezuela, afetada por uma "política intervencionista" que,
considerou, poderia transbordar em uma crise de alto custo social e
humano.
Já o ex-subsecretário de Estado para assuntos hemisféricos dos
EUA, Otto Reich, disse que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, é
o maior risco político para a América Latina.
"Chávez representa o principal risco aos interesses estrangeiros
nos países democráticos", declarou à imprensa.
No entanto, Reich reconheceu que, apesar da queda dos preços
internacionais de matérias-primas como o petróleo, os níveis não
foram tão extremos e isso permitiu que a Venezuela se mantenha
caminhando.
Com relação ao México, os analistas preveem que sua economia será
impulsionada em 2010, embora seja necessário implementar reformas
nessa área.
Sergio Martín, economista do banco HSBC para o México, criticou
que a falta de um acordo político para empreender reformas
econômicas básicas retardou o crescimento desse país. No entanto,
ressaltou que ainda assim o México terá um crescimento de 3,6% . EFE