Buenos Aires, 19 jun (EFE).- A Argentina teve em maio um
superávit fiscal primário de 914,4 milhões de pesos (US$ 247,1
milhões), 84,8% a menos que no mesmo mês de 2008, informou hoje o
Governo.
O superávit fiscal primário não inclui o pagamento dos juros
decorrentes da dívida do país.
Em comunicado, o Ministério da Economia disse que este resultado
é fruto de "um contexto internacional adverso", ao justificar a
queda da economia fiscal evidenciada pelos números do mês passado.
O Governo de Cristina Fernández de Kirchner adotou "uma política
fiscal ativa aplicada ao sustento da produção e do emprego, através
de um forte investimento em obras públicas e do aumento do gasto
social", informou a pasta.
De qualquer forma, reconheceu que "o aumento dos impostos
relacionados com a atividade interna foi compensado pelos impostos
ao comércio exterior devido à situação internacional desfavorável",
emoldurada pela crise financeira.
O superávit fiscal de maio foi apenas 8% superior ao de abril
passado, quando o total acumulado foi de 843,4 milhões de pesos (US$
227,9 milhões).
Assim, a redução da receita ocorreu ao mesmo tempo que o aumento
do gasto, que subiu para 18,720 bilhões de pesos (US$ 5,059
bilhões), explicou o comunicado.
Nos cinco primeiros meses do ano, a poupança primária acumulada
foi de 6,258 bilhões de pesos (US$ 1,691 bilhão), quase 64,6% menos
que os 17,66 bilhões de pesos (US$ 4,772 bilhões) obtidos durante o
mesmo período do ano passado.
Para 2009, o orçamento prevê uma poupança primária de 36,428
bilhões de pesos (US$ 9,740 bilhões), equivalente a 3,27% do Produto
Interno Bruto (PIB). EFE