Bruxelas, 31 out (EFE).- A taxa de desemprego na zona do euro aumentou em setembro um décimo em relação ao mês anterior e ficou em 11,6%, enquanto no conjunto da União Europeia (UE) este índice permaneceu estável em 10,6%, informou nesta quarta-feira a Eurostat, o departamento de estatística do bloco.
O desemprego atingiu assim um novo recorde histórico entre os membros do euro, enquanto nos 27 países da UE a taxa se manteve como a maior já registrada desde que o índice passou a ser contabilizado no bloco.
A taxa mais alta dos membros da UE foi da Espanha, com 25,8%, aumento de 0,3% em relação a agosto. Em seguida aparecem Grécia (25,1%) e Portugal (15,7 %). As taxas mais baixas foram registradas na Áustria (4,4%), Luxemburgo (5,2%), Alemanha e Holanda (5,4% em ambos os casos).
O número de pessoas desempregadas na UE em setembro era de 25,7 milhões, dos quais 18,4 milhões pertenciam à zona do euro, segundo as estimativas do Eurostat.
Em comparação com agosto, a quantidade de desempregados aumentou 169 mil na UE e 146 mil nos países da moeda única. Em setembro de 2011, a taxa de desemprego foi de 10,3% nos países do euro e de 9,8% entre na UE.
Durante os últimos doze meses, o número de desempregados aumentou 2,14 milhões no conjunto da UE e em 2,17 milhões nos países da zona do euro. Neste período, o desemprego aumentou em vinte Estados-membros e desceu em sete.
As altas mais destacadas ocorreram na Grécia (de 17,8% para 25,1%, segundo dados de julho de 2011 e de 2012), Chipre (de 8,5% para 12,2%) e Espanha (de 22,4% para 25,8%).
As quedas mais significativas foram registradas na Lituânia (de 14,7% para 12,9%), Estônia (de 11,4% para 10%, segundo dados de agosto de 2011 e 2012) e Letônia (de 17% para 15,9% entre os segundos trimestres de 2011 e 2012).
Em relação ao desemprego juvenil, a taxa alcançou em setembro 23,3% na zona do euro e 22,8% na UE, após o 21% e o 21,7% registrados respectivamente no mesmo mês de 2011.
A Grécia foi o Estado-membro com o índice mais alto (55,6%), seguido da Espanha (54,2%), enquanto as taxas mais baixas ocorreram na Alemanha (8%) e Holanda (9,7%). EFE