WASHINGTON (Reuters) - A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos acelerou de forma inesperada em outubro, com sua expansão atingindo uma máxima de mais de dois anos e o nível de emprego se fortalecendo, em mais uma evidência de que a economia norte-americana está em boa forma, no momento em que o país vai às urnas para escolher o próximo presidente.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira que seu índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor não manufatureiro subiu para 56,0 no mês passado, de 54,9 no mês anterior. Esse foi o nível mais alto desde agosto de 2022.
Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços cairia para 53,8.
Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia dos EUA. O ISM considera que as leituras do PMI acima de 49, ao longo do tempo, geralmente indicam uma expansão da economia como um todo.
O relatório chega no dia em que os norte-americanos estão indo às urnas para escolher entre a vice-presidente democrata, Kamala Harris, e o ex-presidente republicano Donald Trump como o próximo ocupante da Casa Branca.
As pesquisas mostram que a disputa acirrada pode depender da opinião de eleitores sobre a economia, onde os preços altos continuam sendo um ponto de dor para as famílias, mesmo que a inflação tenha retornado a níveis quase normais, o desemprego tenha permanecido baixo e o Federal Reserve tenha começado a reduzir a taxa de juros para mantê-lo assim.
Na quinta-feira, espera-se que o Fed reduza novamente a taxa, desta vez em 25 pontos-base, para a faixa de 4,50% a 4,75%.
A medida de novos pedidos da pesquisa do ISM diminuiu para 57,4 em outubro, em comparação com 59,4 em setembro. A medida de preços pagos para insumos de serviços caiu para 58,1, em comparação com o recorde de oito meses do mês anterior, de 59,4.
A medida do ISM para o nível de emprego no setor de serviços subiu para 53,0 em outubro, acima dos 48,1 registrados em setembro, um sinal de fortalecimento do crescimento do emprego.
(Por Ann Saphir)