LONDRES (Reuters) - A atividade empresarial da zona do euro segue em retração neste mês uma vez que as demandas interna e externa caíram, apesar de as empresas quase não terem aumentado seus preços, mostrou uma pesquisa nesta quinta-feira.
O Índice de Gerentes de Compras Consolidado preliminar para a zona do euro da HCOB, compilado pela S&P Global, subiu para 49,7 em outubro, em comparação com os 49,6 registrados em setembro, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração pelo segundo mês consecutivo.
Pesquisa da Reuters apontava expectativa de um aumento maior, para 49,8.
"A zona do euro está presa em uma espécie de rotina, com a economia contraindo marginalmente pelo segundo mês consecutivo", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
"A atual queda no setor industrial está sendo compensada principalmente por pequenos ganhos no setor de serviços", acrescentou ele.
O índice composto de novos negócios quase não aumentou em relação à mínima recorde de oito meses registrada em setembro, de 47,7, ficando em 47,8. A leitura dos novos negócios de exportação - que inclui o comércio entre os membros da zona do euro - também ficou abaixo de 50.
O crescimento no setor de serviços do bloco desacelerou novamente e seu PMI baixou de 51,4 para 51,2, frustrando as expectativas da pesquisa da Reuters de um aumento para 51,5.
Isso ocorreu apesar de as empresas terem aumentado seus preços apenas marginalmente. O índice de preços de produção de serviços ficou um pouco acima da mínima recorde de 41 meses registrado em setembro, com 52,6.
O Banco Central Europeu cortou as taxas de juros na semana passada pela terceira vez este ano, dizendo que a inflação no bloco estava cada vez mais sob controle, enquanto as perspectivas para a economia estavam piorando.
O declínio de mais de dois anos na atividade industrial continuou, embora não tenha sido tão profundo quanto em setembro. O PMI de indústria subiu de 45,0 para 45,9, superando as expectativas de um aumento mais modesto para 45,3.
(Reportagem de Jonathan Cable)