Por Yawen Chen e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China caiu em uma contração mais forte do que os mercados esperavam em maio, aumentando a pressão sobre Pequim para adotar mais medidas de estímulo para sustentar a economia afetada pela guerra comercial com os Estados Unidos.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria da China caiu a 49,4 em maio de 50,1 em abril, mostraram dados da agência de estatísticas.
Analistas consultados pela Reuters projetavam queda do PMI para 49,9, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
A produção industrial expandiu a um ritmo mais lento uma vez que as novas encomendas caíram pela primeira vez em quatro meses. As encomendas de exportação ampliaram o recuo pelo 12º mês seguido, com seu subíndice caindo para 46,5 de 49,2 em abril, o que sugere mais enfraquecimento da demanda global.
"As encomendas de exportações caíram particularmente com força, o que sugere que a última alta de tarifas por Trump pode já estar afetando a demanda externa", disse Julian Evans-Pritchard, economista da Capital Economics.
Embora os exportadores da China estejam sentindo o golpe, os dados desta sexta-feira mostraram que as encomendas de importação também contraíram a um ritmo mais forte, refletindo o enfraquecimento da demanda em casa apesar de uma série de medidas de suporte ao crescimento.
Alguns economistas acreditam que mais estímulo é necessário, provavelmente através do corte da quantidade de dinheiro que os bancos mantêm como reserva e de gastos fiscais.
Por outro lado, apesar da pronunciada fraqueza no setor industrial, a atividade de serviços da China mostrou sólida expansão. O PMI oficial de serviços permaneceu em 54,3 em maio, inalterado ante abril.