PEQUIM (Reuters) - A atividade no setor de serviços da China se expandiu no ritmo mais rápido em três meses em agosto, com o aumento de novas encomendas, levando ao maior aumento de contratações em mais de um ano, mostrou uma pesquisa privada.
A criação mais forte de empregos pelas empresas de serviços será uma notícia bem-vinda para Pequim, que está lutando para reverter uma queda prolongada no setor manufatureiro que arrastou o crescimento econômico para mínimas em quase 30 anos.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da Caixin/Markit subiu para 52,1 no mês passado, o maior nível desde maio, em comparação aos 51,6 de julho. O índice tem ficado acima dos 50 pontos, que separa o crescimento da contração, mensalmente desde o final de 2005.
Os novos negócios aceleraram levemente, alcançando uma máxima em quatro meses, com as empresas citando a melhoria da demanda subjacente e o impulso de novos projetos.
Mas um subíndice para encomendas de exportação recuou da máxima em três meses batida em julho, possivelmente devido ao aumento das tensões comerciais EUA-China.
Washington começou no domingo a aplicar tarifas de 15% em uma ampla variedade de produtos chineses --incluindo calçados, relógios inteligentes e TVs de tela plana. As tarifas de 15% para celulares, laptops, brinquedos e roupas entrarão em vigor em 15 de dezembro.
As conclusões da pesquisa privada se alinharam em grande medida às de um indicador oficial na semana passada, que também mostrou melhorias nas condições do setor de serviços.
"A economia da China mostrou sinais claros de recuperação em agosto, especialmente no setor de emprego", disse Zhong Zhengsheng, diretor de análise macroeconômica do CEBM Group, em comunicado sobre os dados.