LONDRES (Reuters) - Autoridades do banco central britânico se focaram na queda dos preços do petróleo em sua reunião de dezembro, e a maioria que tem votado para manter a taxa de juros parece estar ligeiramente mais unida.
A ata da reunião de 3 e 4 de dezembro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra divulgada nesta quarta-feira mostrou que a maioria acredita que o cenário fraco para a inflação justifica a manutenção da taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento.
Ian McCafferty e Martin Weale, que têm votado por uma alta dos juros desde agosto, continuaram a argumentar que inflação abaixo da meta é o resultado de um taxa cambial mais alta e preços mais baixos de matérias-primas.
Autoridades disseram que os preços do petróleo caíram com muito mais força do que esperavam em novembro. Eles disseram que a inflação deve cair abaixo de 1 por cento em dezembro --bem menos que sua meta de 2 por cento-- e deve permanecer mais baixa que o imaginado anteriormente.
"Entretanto, também havia um risco de que o grau de capacidade ociosa poderia ser eliminada mais rapidamente do que assumido anteriormente, particularmente se a taxa de juros seguisse o rumo sugerido pelos rendimentos no mercado", destacou a maioria a favor da manutenção dos juros.
No mês passado a inflação britânica caiu inesperadamente a 1 por cento, menor nível em mais de 12 anos, de acordo com dados publicados na terça-feira.
O petróleo caiu abaixo de 59 dólares por barril pela primeira vez desde maio de 2009 na terça-feira.
(Reportagem de Andy Bruce e David Milliken)