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Banco Mundial reduz previsão de crescimento global para 2,9% e alerta para risco de "estagflação"

Publicado 07.06.2022, 10:47
Atualizado 07.06.2022, 10:50
© Reuters. Logo do Grupo Banco Mundial
12/10/2018
REUTERS/Johannes P. Christo
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Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O Banco Mundial reduziu nesta terça-feira sua previsão de crescimento global em 1,2 ponto percentual, para 2,9% em 2022, e alertou que a invasão da Ucrânia pela Rússia agravou os danos da pandemia de Covid-19, o que fará com que muitos países provavelmente entrem em recessão.

A invasão russa da Ucrânia ampliou a desaceleração da economia global, que está agora entrando no que pode se tornar "um período prolongado de crescimento fraco e inflação elevada", disse o Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.

O presidente da instituição, David Malpass, afirmou que o crescimento global atualmente é prejudicado pela guerra, novos bloqueios relacionados à Covid-19 na China, interrupções na cadeia de suprimentos e o risco de estagflação, um período de crescimento fraco e alta inflação visto pela última vez na década de 1970.

"O perigo de estagflação é considerável hoje", escreveu Malpass no prefácio do relatório. "O crescimento moderado provavelmente persistirá ao longo da década por causa do fraco investimento na maior parte do mundo. Com a inflação agora atingindo máximas em várias décadas em muitos países e a oferta devendo crescer lentamente, existe o risco de que a inflação permaneça mais pressionada por mais tempo."

Entre 2021 e 2024, o crescimento global deverá desacelerar em 2,7 pontos percentuais, disse Malpass, mais que o dobro da desaceleração observada entre 1976 e 1979.

O relatório alertou que as elevações das taxas de juros necessárias para controlar a inflação no fim da década de 1970 foram tão acentuadas que desencadearam uma recessão global em 1982 e uma série de crises financeiras em mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

Embora existam semelhanças com as condições da época, também há diferenças importantes, incluindo a força do dólar norte-americano e preços do petróleo de forma geral mais baixos, bem como balanços geralmente fortes nas principais instituições financeiras.

Para reduzir os riscos, autoridades devem trabalhar para coordenar a ajuda à Ucrânia, combater o aumento dos preços do petróleo e dos alimentos, intensificar o alívio da dívida, fortalecer os esforços para conter o coronavírus e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, afirmou Malpass.

O banco prevê forte desaceleração no crescimento global de 5,7% em 2021 para 2,9% em 2022, com crescimento próximo desse nível em 2023 e 2024. O organismo internacional disse que a inflação global deve moderar no próximo ano, mas provavelmente permanecerá acima das metas em muitas economias.

O crescimento nas economias avançadas deve desacelerar acentuadamente para 2,6% em 2022 e 2,2% em 2023, após 5,1% em 2021.

Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento devem marcar expansão de apenas 3,4% em 2022, abaixo da taxa de 6,6% de 2021 e bastante aquém da média anual de 4,8% observada entre 2011 e 2019.

As repercussões negativas da guerra mais do que compensariam qualquer impulso de curto prazo obtido pelos exportadores de commodities com os preços mais altos da energia, com as previsões de crescimento de 2022 revisadas para baixo em quase 70% dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

Espera-se que a economia regional da Europa e da Ásia Central contraia 2,9%, após crescimento de 6,5% em 2021, recuperando-se ligeiramente para um aumento de 1,5% em 2023. A Ucrânia deve registrar um mergulho de 45,1% em sua produção econômica, enquanto o PIB da Rússia deve despencar 8,9%.

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Na América Latina e Caribe, a expectativa é de que a atividade econômica deslize para um crescimento de apenas 2,5% neste ano e desacelere ainda mais para 1,9% em 2023, disse o banco.

O Oriente Médio e o Norte da África se beneficiariam do aumento dos preços do petróleo, com crescimento de 5,3% em 2022, antes de um enfraquecimento para 3,6% em 2023, enquanto o sul da Ásia veria alta de 6,8% neste ano e de 5,8% em 2023.

Espera-se que o crescimento da África Subsaariana desacelere um pouco para 3,7% em 2022, de 4,2% em 2021.

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