(Reuters) - O Federal Reserve tem mais trabalho a fazer para trazer a inflação de volta à sua meta de 2% porque os dados mais recentes sobre as pressões de preços não são suficientemente fracos, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, nesta quarta-feira.
Seus comentários foram feitos logo depois que um aguardado relatório do governo mostrou que os preços ao consumidor dos Estados Unidos mal subiram em março, enquanto os preços da gasolina caíram, mas aluguéis teimosamente altos mantiveram as pressões inflacionárias latentes.
"Foi praticamente o esperado", disse Barkin em entrevista à emissora CNBC sobre o relatório. "Coloquei um foco particular no núcleo, que ainda está um pouco acima de 5% ano a ano. E você sabe, tivemos algumas boas notícias sobre energia, mas ainda há mais a fazer, acho, para trazer a inflação de volta para onde gostaríamos que fosse."
Barkin se recusou a dizer se apoia outro aumento de juros na próxima reunião de política monetária do Fed em 2 e 3 de maio, mas enfatizou que, embora haja um arrefecimento da demanda, ele também está muito atento aos dados de empregos e inflação, que permanecem relativamente robustos.
"Estou esperando a inflação quebrar... Está indo na direção certa... mas na ausência de um mês ou dois meses ou três meses com a inflação em nossa meta, é difícil argumentar que estamos de fato indo para lá", disse Barkin.