BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina reduziu nesta quinta-feira o piso da taxa básica de juros para 48%, de patamar anterior de 50% , no quinto corte em menos de dois meses, enquanto o novo governo peronista tenta reavivar o crescimento econômico.
A Argentina tem uma das taxas de juros mais altas do mundo, estabelecida por meio de leilões de notas de curto prazo Leliq, realizados pelo banco central duas vezes por semana. O novo governo do peronista Alberto Fernández prometeu cortar as taxas para estimular a economia.
"A decisão foi tomada considerando as condições recessivas na qual a economia tem operado e com o objetivo de definir um caminho de taxas de juros compatíveis com a recuperação econômica", afirmou o banco central em comunicado.
O novo governo de Fernández tem reduzido o juro desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro, com quatro cortes antes do desta quinta, o último até então em 16 de janeiro. A economia está atolada em recessão, e a inflação anual está acima de 50%.
O governo, correndo para reestruturar em torno de 100 bilhões de dólares em dívidas com credores, disse que o país só poderá pagar o que deve se conseguir ressuscitar o crescimento.
(Por Adam Jourdan e Nicolas Misculin)