(Reuters) - O banco central da Inglaterra afirmou nesta quinta-feira que a incerteza sobre o Brexit "se intensificou consideravelmente" no mês passado e que a queda nos preços do petróleo deve pressionar a inflação para abaixo da meta de 2 por cento em breve.
Todos as nove autoridades votaram para manter a taxa de juros em 0,75 por cento, como o esperado. Mas a ata de sua reunião nesta semana mostrou um crescente desconforto com a turbulência em torno da separação entre o Reino Unido e a União Europeia, que deve ocorrer em pouco mais de três meses.
O governo britânico disse na terça-feira que vai implementar planos para um Brexit sem acordo integralmente e que começará a dizer às empresas e aos cidadãos que se preparem para o risco de o Reino Unido deixar a UE sem um acordo formal.
"As incertezas sobre o Brexit se intensificaram consideravelmente desde a última reunião do Comitê", disse o Comitê de Política Monetária em um resumo de sua reunião de dezembro.
"Essas incertezas estão pesando sobre os mercados financeiros do Reino Unido."
Eles pontuaram uma queda recente nos preços de ações e libra e um aumento na volatilidade.
Enquanto eles mantiveram sua visão de que as pressões sobre os preços geradas internamente continuam a crescer, uma queda nos preços do petróleo deve reduzir a taxa nominal de inflação ao consumidor para cerca de 1,75 por cento em janeiro.
A inflação provavelmente deve permanecer abaixo da meta nos meses seguintes.
A maioria dos economistas entrevistados pela Reuters não espera que o Banco da Inglaterra aumente as taxas até que o Reino Unido deixe a UE em março, e a autoridade disse que os termos do Brexit influenciarão fortemente o caminho para suas decisões de política monetária.