A economia brasileira registrou leve retração em abril, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), após três meses no campo positivo. O indicador caiu 0,44%, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em março, a alta havia sido de 1,08%, já em fevereiro foi de 0,71% (dados revisados nesta quinta-feira, 7).
Os dados do IBC-Br do terceiro e quarto mês do ano estão sendo divulgados nesta quinta-feira após o encerramento da greve dos servidores do BC, na última terça-feira, 5. Originalmente, as publicações deveriam ter sido conhecidas nos dias 16 de maio e 15 de junho, respectivamente. O IBC-Br de maio está previsto, pelo calendário original, para a próxima quinta-feira (14).
De março para abril, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 143,06 pontos para 142,43 pontos na série dessazonalizada.
O resultado veio abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, que era positiva em 0,10% na pesquisa Projeções Broadcast, e dentro do intervalo das previsões, que iam de queda de 1,63% a alta de 0,37%.
Na comparação entre os meses de abril de 2022 e de 2021, houve crescimento 2,23% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 142,28 pontos no quarto mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2015 (142,53 pontos).
O indicador de abril de 2022 ante o mesmo mês de 2021 também ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de avanço de 0,70% a 3,18%, com mediana positiva de 2,20%.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 1,70%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.