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BCE poderia ter contido a inflação se tivesse elevado juros mais cedo, diz estudo

Publicado 16.10.2024, 08:54
© Reuters. Sede do BCE em Frankfurt, Alemanhan06/06/2024. REUTERS/Wolfgang Rattay/File Photo
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BERLIM (Reuters) - O Banco Central Europeu impulsionou a inflação na zona do euro ao hesitar no ajuste da política monetária, de acordo com um estudo do Instituto Alemão para Pesquisa Econômica DIW, visto com exclusividade pela Reuters nesta quarta-feira.

Com um aumento gradual da taxa de juros a partir de meados de 2021, a inflação teria subido para um máximo de 3%, em vez de mais de 10% em agosto de 2022, de acordo com o estudo.

Como a inflação acelerou a partir de meados de 2021 e saltou com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, o BCE inicialmente decidiu não elevar os juros e só aumentou a taxa em julho de 2022.

"Um dos motivos apresentados pelo BCE para sua reação hesitante foi que sua política monetária não poderia influenciar os preços de energia", disse Ben Schumann, autor do estudo. "Mas essa suposição está errada, como mostram nossa observação. Ele poderia ter atacado a última onda de inflação diretamente em suas raízes."

A política monetária teve um efeito sobre os preços de energia no mercado global porque a taxa de juros mais alta reduziu a demanda por energia da zona do euro, disse o estudo.

Além disso, com o aumento antecipado dos juros, o euro teria se valorizado em relação ao dólar, o que também teria reduzido os preços de energia, que geralmente são pagos com a moeda norte-americana nos mercados globais, segundo o estudo.

Muitas autoridades do BCE reconheceram no passado que as altas de juros poderiam ter ocorrido mais cedo, mas argumentam que o banco central rapidamente promoveu grandes movimentos, incluindo vários aumentos de 75 pontos-base em 2022.

© Reuters. Sede do BCE em Frankfurt, Alemanha
06/06/2024. REUTERS/Wolfgang Rattay/File Photo

O BCE começou a aumentar a taxa somente em julho de 2022, depois que muitos de seus pares já estavam elevando os juros, realizando 10 altas consecutivas e levando a taxa de depósito de -0,5% a um recorde de 4% em 2023.

"Ao aumentar a taxa de juros, o BCE também teria assumido um compromisso mais claro com o combate à inflação. Isso teria reduzido a pressão inflacionária de tal forma que a inflação não teria subido tão acentuadamente após a invasão russa", disse Schumann.

(Por Rene Wagner)

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