Pequim, 6 jun (EFE).- O PIB da China vai crescer 7,6% em 2014 e 7,5% em 2015, o que significa que a segunda maior economia mundial "terá uma expansão gradual", de acordo com as previsões do Banco Mundial (BM) divulgadas nesta sexta-feira em Pequim.
O Produto Interno Bruto chinês cresceu 7,7% em 2013, a taxa mais baixa desde 1999, e a desaceleração continuou no primeiro trimestre deste ano, quando o aumento do PIB foi de apenas 7,4%.
Segundo a organização financeira internacional, a progressiva desaceleração da economia chinesa é reflexo da fraca demanda externa e de maiores limitações no crédito (especialmente no setor imobiliário), enquanto medidas antigas de estímulo ordenadas pelo governo chinês vão sendo eliminadas.
Na opinião do BM, existem boas perspectivas para o setor industrial, que mostrou sinais de recuperação.
No entanto, todos os fatores citados formam um quadro de desequilíbrios e tensões entre a conjuntura econômica e as medidas governamentais.
Os riscos devem ser minimizados com reformas no setor fiscal e financeiro, como já foi estabelecido pelo regime comunista em sua agenda estabelecida após a reunião do Partido Comunista da China em novembro de 2013, acrescentou o Banco Mundial em sua análise.
Entre essas reformas devem estar o controle eficaz do crescimento dos créditos no curto prazo e uma redução gradual da dívida local.
A China, que em dez anos subiu do sétimo para o segundo lugar no ranking das maiores economias mundiais e que pode chegar ao topo antes do fim desta década, busca alternativas para seu modelo de crescimento, mais voltado para as exportações, para dar maior peso ao seu consumo interno.