(Reuters) - Aumentos adicionais na taxa de juros provavelmente serão necessários para reduzir a inflação para a meta de 2% do Federal Reserve disse nesta segunda-feira a diretora do banco central dos Estados Unidos Michelle Bowman.
Bowman, em comentários preparados para o evento "Fed Listens" em Atlanta que repetiu os comentários que ela fez a um grupo bancário no sábado, disse que apoiou o último aumento da taxa de juros no mês passado porque a inflação continua muito elevada, e o crescimento do emprego e outros indicações sobre a atividade mostram que a economia continua se expandindo em um "ritmo moderado".
"Dados esses acontecimentos, defendi o aumento da taxa de juros em nossa reunião de julho, e espero que aumentos adicionais provavelmente sejam necessários para reduzir a inflação para a meta", disse ela.
"Buscarei evidências de que a inflação está em uma trajetória descendente consistente e significativa, enquanto avalio se novos aumentos serão necessários e por quanto tempo a taxa de juros precisará permanecer em um nível suficientemente restritivo", disse Bowman.
No mês passado, o Fed elevou sua taxa básica de juros de curto prazo em um 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%. Os investidores em geral acreditam que esse será o último aumento de uma campanha de aperto que o Fed iniciou em março de 2022 para reduzir a inflação dos níveis mais altos em quatro décadas, mas autoridades do banco central dos EUA enfatizaram que é muito cedo para fazer esse julgamento.
As autoridades se reunirão em setembro, com um intervalo extraordinariamente longo entre as reuniões que permitirá que revisem um conjunto maior de dados sobre inflação, mercado de trabalho e economia em geral do que normalmente acontece de uma reunião para outra.
(Reportagem de Dan Burns)