SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil fechou 130.629 vagas formais de emprego no mês passado, menos do que o esperado mas ainda assim a pior marca para novembro na série histórica iniciada em 1992, num reflexo da rápida deterioração do mercado de trabalho em meio à fraqueza da atividade econômica.
Analistas consultados pela Reuters projetavam o fechamento de 162 mil empregos no mês, conforme mediana das expectativas.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira, o encerramento de vagas chegou a 945.363 de janeiro a novembro. Em 12 meses, o saldo ficou negativo em 1,527 milhão de postos.
Com o país mergulhado em intensa crise política e econômica, a confiança de empresas e famílias segue em baixa, impactando decisões de investimento e consumo.
Como resultado, sete dos oito setores sofreram no último mês, com a baixa líquida de vagas encabeçada pela indústria de transformação, com 77.341 demissões. Outro destaque foi a construção civil, com perda de 55.585 vagas.
Somente o comércio registrou aumento de vagas em novembro, de 52.592 postos de trabalho, no melhor resultado desde novembro de 2014, numa época que normalmente contrata por conta das festas de final de ano.
Na véspera, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no Brasil recuou em novembro pela primeira vez no ano, a 7,5 por cento contra 7,9 por cento em outubro, ajudada pelas contratações tipicamente realizadas no fim de ano..
(Por Camila Moreira)