Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Cenário para 2023: Desafio da inflação deve exigir crescimento mais baixo

Publicado 08.12.2022, 12:45
Atualizado 08.12.2022, 12:46
© Jessica Bahia Melo

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com – O ano de 2023 deve ser difícil e trazer um primeiro teste para um Banco Central independente. Não há indicativos de que os juros devem aliviar tão cedo. Juros em patamares elevados devem fazer subir as despesas do tesouro, aumentando a dívida e desacelerando a economia. Esses foram alguns dos principais entendimentos dos economistas que participaram nesta quinta-feira do IV Seminário de Análise Conjuntural realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE) e o jornal O Estado de S. Paulo.

Os especialistas também acreditam que o governo eleito terá, entre os desafios para o ano que vem, o enfrentamento à inflação e, para isso, vai precisar lidar com um crescimento do produto mais baixo. Um possível aumento na carga tributária pode ser necessário diante dos impactos fiscais da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que foi aprovada no Senado e segue para apreciação na Câmara dos Deputados.  

José Júlio Senna, chefe do Centro de Política Monetária do FGV/IBRE, estima que o Brasil não deve apresentar crescimento robusto no ano que vem, o que pode frustrar o novo governo. “O momento é de dar as mãos com o Banco Central e enfrentar o problema da inflação”.  Senna traçou um paralelo com a situação no Reino Unido. A então primeira-ministra Liz Truss renunciou ao cargo após perder apoio de seu partido. Truss foi duramente criticada por um grande pacote fiscal que visava combater a inflação no país, impulsionada pela crise energética com o conflito Rússia-Ucrânia. Segundo ele, “o mercado pune, seja aqui ou na Europa”, o que pode afetar os juros futuros brasileiros.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Armando Castelar, coordenador da área de Economia Aplicada do FGV/IBRE, completa que, se o governo quiser trazer a inflação à meta, será necessário reduzir o crescimento econômico por meio de juros. “O desafio da inflação vai exigir crescimento mais baixo”, aponta o trade-off.

PEC da Transição e arcabouço fiscal

Senna também defendeu uma divulgação logo de um novo arcabouço fiscal e pondera que não seria prudente começar um novo governo com uma política fiscal demasiadamente contracionista. Por outro lado, o equilíbrio fiscal de longo prazo precisa de mais ênfase do novo governo. “O fiscal preocupa muito. É indiscutível que as contas públicas estão em mal estado e o orçamento para o ano que vem é uma obra de ficção”.

Responsabilidade fiscal é necessária para o crescimento econômico, segundo Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV/IBRE. A especialista concorda com a expansão no teto de gastos, pois acredita que o ano que vem será difícil pelo cenário internacional e pela necessidade de controle inflacionário. “O processo pode ser doloroso”, avalia. O primeiro desafio do novo governo seria entender o estado da economia e tomar decisões capazes de superar esses obstáculos ao crescimento.

Matos defendeu uma agenda de aumento da produtividade da economia brasileira e concorda que os juros não devem diminuir tão cedo. A economista afirmou que é preciso achar espaço para política social, mas o desafio é encontrar novas receitas diante de um aumento do gasto público. O aumento da dívida previsto para o ano que vem cria um cenário de incerteza e não é possível combater a pobreza com problemas fiscais, que tendem a gerar mais inflação, disse a economista.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Cenário internacional

Os desafios econômicos locais terão que ser enfrentados em um cenário internacional mais hostil, com políticas monetárias contracionistas de elevação de juros visando o controle inflacionário e a tendência de desaceleração da economia mundial.

Os preços de commodities menos favoráveis podem tornar mais escassos os investimentos para empresas relacionadas a esses setores, de acordo com Castelar. Por outro lado, a flexibilização da política covid-zero da China deve ser um dos impulsionadores.  “O cavalo-de-pau que a China deu em relação à covid tende a gerar crescimento maior e beneficiar empresas de commodities”, pondera.

No entanto, o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos preocupa e o mercado não está avaliando bem os riscos envolvidos, segundo Julio Senna. O economista destacou que, com o compromisso para trazer a inflação para baixo, o Federal Reserve ainda terá um caminho longo e pedregoso. Sobre o mercado de trabalho americano, Senna detalha que o estoque de vagas tem reduzido e a geração de empregos continua forte, em um patamar mais alto do que a média das últimas três décadas. Além disso, o crescimento da economia medido pelo índice do Fed de Chicago mostra que a crescimento à média histórica. “O mercado financeiro gosta do autoengano. Powell recentemente anunciou redução no ritmo de alta de juros. Mesmo mencionando diversos problemas, foi o suficiente para o mercado adorar e isso, a meu ver, não é sustentável”, critica.

A visão de Castelar é mais pessimista ainda. Para o economista, vai ser difícil trazer uma inflação sem ao menos ter uma recessão nos Estados Unidos. “Com essa ideia de que crescer apenas abaixo do potencial possibilitaria a queda, acho que o Fed está muito otimista. Acredito que, quando o mercado acordar para isso, vamos ter mais medo e repercussões aqui dentro”, completa.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Temer começou a consertar as burradas da Dilma, mas daí veio o despreparado do Bolsonaro que colocou o PT de volta no poder. Ao menos Zema e Tarcísio já estão pulando fora do barco bolsonarista e em 2026 acredito que a disputa fique entre esses dois e a Tebet, nomes muito melhores que os desse ano.
1 comentario sensato aqui, salvou uma alma
O Brazuela em breve!!!
alguém já ouviu falar de algum chefe de quadrilha que se recuperou, que passou ser uma pessoa responsável e honesta.
Depois da lambança do estado de emergência,, o orçamento secreto pra trupe amiga,,, bozo ainda concedeu auxílio esmola de 600,,, camioneiros de 2.000 ,, taxistas isenção de impostos, etc,, agora vem colocar o ônus em um governo que nem assumiu,,, vão catar coquinho na frente do quartel,,,
Game over,,,, bozo
 GAME OVER PROS MAIS POBRES, QUE VÃO PAGAR A CONTA COM INFLAÇÃO E DESEMPREGO. NÃO ESTOU AQUI PRA DEFENDER POLÍTICO A OU B. #FAZOL AÍ.
Os + pobres já estão pagando agora,, inflação,, não aumento real de salário,,, deforma da previdência,,, não correção do IR,,, acorda bozo
Crescimento mais baixo NÂO, PARE DE MENTIR PARA AS PESSOAS! RECESSÂO, DILMA conseguiu isso e o Dilmo está seguindo a cartilha. Nossa Selic vai pra Lua.
PEC do Rombo
Efeito Luladrão
lula vai ser preso.
🤡deveria ir iunto
herança do 🤡
 O PRÓXIMO GOVERNO É DO L4DRÃO, A TAXA VAI PRA 20%, DEIXA DE SER INOCENTE, PT GOSTA É DE RICO, BANQUEIROS, RENTISTAS....
  MUUUUUU
 PAGUE A CONTA COM INFLAÇÃO E DESEMPREGO🤡 🤡 🤡 🤡
Estamos vendo o que o Bozo fez com o Brasil, deixou em estado de calamidade. Falta dinheiro para merenda, educação, INSS, dentre outras dezenas de áreas. Parabéns para o gado que votou no miliciano.
o dinheiro que falta para os itens como educação e outras calamidades foi consumida por governadores safados ao desviar dinheiro destinado a COVID e pelos congressistas que derrubaram vários vetos do Executivo que tentava brecar despesas, tipo Fundo Eleitoral, Fundo Partidário e Emendas de Relator ( tal de Orçamento Secreto).
Joao Faria O ANO ERA 2015. 10,67% DE INFLAÇÃO, TAXA DE JUROS 14,25%, DESEMPREGO NA CASA DOS 8% (SEM PANDEMIA), PT "AMA POBRE" QUANTO MAIS, MELHOR KAKAKAKAKAKA. SEM FALAR NO DÓLAR, QUE A DILMANTA PEGOU EM 1,80 E ENTREGOU EM 3,90, AUMENTO DE MAIS DE 100%, PERDEU MANÉ!
2023 será um ano desafiador e ao mesmo tempo um grande teste para os grandes investidores muita paciência pessoal e nunca desistir de sempre tentar mais uma vez....
só 2023...???
O ANO ERA 2015. 10,67% DE INFLAÇÃO, TAXA DE JUROS 14,25%, DESEMPREGO NA CASA DOS 8% (SEM PANDEMIA), PT "AMA POBRE" QUANTO MAIS, MELHOR KAKAKAKAKAKA. SEM FALAR NO DÓLAR, QUE A DILMANTA PEGOU EM 1,80 E ENTREGOU EM 3,90, AUMENTO DE MAIS DE 100%, PERDEU MANÉ!
Vamos todos morrer
está espelhando com 2022 do bozó, por que falar em pandemia se o gado e seu capiroto negam?
 Adianta chorar não esquerdinha, os dados são piores, PERDEU MANÉ!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.