BANJUL (Reuters) - O presidente de Gâmbia, Yahya Jammeh, retornou a Banjul nesta quarta-feira e lojas e bancos reabriram um dia depois que um tiroteio aconteceu no entorno do palácio presidencial, com o governo negando reportagens de tentativa de golpe.
Em um sinal de aumento da segurança, forças do governo montaram três pontos de controle na ponte Denton rumo a capital em busca de pessoas enquanto estas se dirigiam para o trabalho, podendo assim checar documentos de identidade, declararam testemunhas.
Não houve nenhum pronunciamento de Jammeh ou do governo a respeito dessa crise, mas os Estados Unidos pediram calma na terça-feira em meio à preocupação expressa por um diplomata sobre possíveis represálias.
"Nós condenamos veementemente qualquer tentativa de tomada do poder por meio de medidas anticonstitucionais, e pedimos calma a todas as partes para evitar mais violência", declarou um porta-voz do Departamento de Estado em Washington.
Jammeh estava na França ou Dubai quando a violência eclodiu e autoridades afirmaram que ele voltou para casa através de uma parada de reabastecimento na capital do Chade.
Jammeh, de 49 anos, assumiu o poder com um golpe de Estado há 20 anos e desde então tem sufocado os dissidentes em seu empobrecido país do oeste da África com 1,9 milhão de pessoas. Ele tem enfrentado críticas crescentes do exterior com relação a questões que vão desde direitos humanos até a sua afirmação de que pode curar a Aids.
Na terça-feira, foi divulgada uma declaração do governo minimizando o incidente, cujos detalhes ainda não estão claros.
(Por David Lewis e Diadie Ba)