Por Tetsushi Kajimoto
TÓQUIO (Reuters) - A China deve crescer pelo menos 7 por cento por ano ao longo dos próximos cinco anos enquanto reequilibra sua economia para elevar a demanda doméstica, afirmou nesta quinta-feira o novo chefe do Banco Asiático de Desenvolvimento, Shang-Jin Wei.
Wei, que assumiu o cargo em agosto, afirmou que o mercado de trabalho rígido da China é uma "fonte de preocupação" maior do que a desaceleração da taxa de crescimento da segunda maior economia do mundo.
As declarações, em entrevista à Reuters em Tóquio, vêm uma semana depois de o banco manter suas projeções de crescimento para a China em 2014 e 2015. A economia chinesa expandiu-se 7,7 por cento no ano passado.
O Banco Asiático de Desenvolvimento projeta que o crescimento chinês vai desacelerar para 7,5 por cento neste ano e para 7,4 por cento em 2015.
Pequim tem a meta de expandir a economia em 7,5 por cento neste ano, mas uma série de dados fracos até agora levou muitos analistas a projetar que o país pode ficar aquém desse objetivo.
"Na minha avaliação, no médio prazo, é bastante improvável que a taxa de crescimento chinês caia abaixo de 7 por cento", disse Wei, acrescentando que, por médio prazo, refere-se a um período de cinco anos ou mais.
O economista, que nasceu na China e é agora cidadão norte-americano, afirmou que a economia chinesa "está fazendo uma transição para um novo modelo de crescimento a uma taxa relativamente rápida". A China é muito menos dependente de exportações do que costumava ser, disse ele.