Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - Líderes chineses vão sinalizar que sua prioridade é o crescimento em vez de reformas ao determinar uma meta de crescimento de cerca de 7 por cento em seu novo plano de longo prazo, mesmo que a economia perca ímpeto, disseram fontes.
O comitê central do Partido Comunista vai se reunir de 26 a 29 de outubro para determinar o 13º plano de 5 anos, um projeto para o desenvolvimento econômico e social entre 2016 e 2020.
Embora o governo tenha sinalizado um "novo normal" de crescimento mais lento ao voltar a economia para um crescimento sustentável guiado pelo consumo, dados oficiais mostram que o país tem consistentemente ao menos atingido, e na maioria das vezes excedido, as metas de crescimento determinadas.
"Nós teremos que contar com estímulos de política para garantir a meta de crescimento de 7 por cento", disse um economista de um instituto de pesquisa do governo. "Não devemos colocar a liberalização financeira na dianteira das reformas econômicas."
Pequim precisa de um crescimento médio de perto de 7 por cento nos próximos cinco anos para atingir o objetivo anteriormente declarado de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) do país e a renda per capita em 2020 em comparação com 2010.
Mas a queda do mercado acionário e a inesperada consequência de uma modesta desvalorização do iuan têm levantado temores entre as autoridades de que uma abrupta desaceleração no crescimento pode provocar riscos sistêmicos e desestabilizar a economia.
"Parece que o crescimento tem pesado mais na agenda de reformas, o que pode estabilizar o mercado no curto prazo ao mesmo tempo em que acrescenta fatores desestabilizantes no médio prazo", disse o economista sênior do Commerzbank Zhou Hao.