PEQUIM (Reuters) - A China se concentrará na criação de empregos e promoverá políticas fiscais, monetárias e industriais para estabilizar seu mercado de trabalho, disse Li Zhong, vice-ministro do Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social, nesta quinta-feira.
À medida que a economia chinesa luta para se recuperar de uma queda induzida pela Covid-19, a taxa de desemprego juvenil subiu para um recorde de 19,9% em julho, enquanto a taxa de desemprego urbano, baseada em pesquisa nacional, diminuiu, mas permaneceu elevada em 5,4%. Os pagamentos de seguro-desemprego atingiram um recorde em junho.
A situação do emprego na China permaneceu estável por muito tempo, mas a pressão de longo prazo persiste, disse Li em entrevista coletiva em Pequim.
"As contradições estruturais tornaram-se mais proeminentes com o aumento das incertezas e fatores instáveis. A questão do emprego ainda enfrenta grandes desafios", disse ele.
A segunda maior economia do mundo foi impactada por bloqueios prolongados da Covid-19 na primavera (no Hemisfério Norte), que interromperam a produção das fábricas e as cadeias de suprimentos e prejudicaram as pequenas empresas, que criam muitos empregos. O setor privado fornece um terço de todos os empregos na China e cria 90% dos novos empregos urbanos, informou a mídia estatal.
Para sustentar a economia, a China adicionou 19 novas políticas além das medidas existentes, incluindo o aumento da cota de ferramentas de financiamento de políticas em 300 bilhões de iuanes (43,69 bilhões de dólares), disse a mídia estatal citando o gabinete após uma reunião regular presidida pelo primeiro-ministro Li Keqiang, na quarta-feira.
(Reportagem de Ellen Zhang e Liz Lee)