SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da construção brasileira recuou em abril diante da queda nas expectativas de curto prazo dos empresários devido às incertezas sobre o país, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Em abril, houve queda de 0,1 ponto e o Índice de Confiança da Construção (ICST) foi a 82 pontos.
"O segundo trimestre inicia com recuo das expectativas, indicando que a incerteza do momento em que vive o país continua afetando o estado de ânimo dos empresários da construção", explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, Ana Maria Castelo, em nota.
O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou no mês 0,5 ponto, para 92,7 pontos, retornando ao nível de fevereiro deste ano. O principal impacto negativo veio do indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses.
Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,3 ponto em abril, atingindo 71,7 pontos, o maior patamar desde junho de 2015, influenciado principalmente pela percepção sobre a situação atual das carteiras de contratos.
"A percepção em relação à situação corrente dos negócios avançou. O destaque positivo veio do aumento na intenção dos empresários em contratar", disse Ana Maria.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) registrou em abril avanço 0,28 por cento, ante alta a 0,23 por cento em março, apontou a FGV em nota separada.
Nesta quarta-feira a FGV divulgou ainda que a confiança do comércio interrompeu sete meses de altas e recuou em abril diante da cautela dos empresários para os próximos meses.
(Por Taís Haupt)