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Confiança da indústria do Brasil cai em abril com piora das expectativas, diz FGV

Publicado 26.04.2018, 10:59
© Reuters. Vista geral de refinaria da Petrobras em Paulinia, São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da indústria do Brasil recuou em abril do nível mais alto em cerca de quatro anos e meio, com uma piora das expectativas para os próximos meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O Índice da Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,7 ponto e chegou a 101,0 pontos em abril na comparação com março, quando havia atingido o nível mais alto desde agosto de 2013.

"Com relativa estabilidade nas avaliações sobre o momento presente e piora nas expectativas, o setor parece reagir ao ritmo mais lento do que o esperado na recuperação da economia e ao aumento da incerteza associado à proximidade das eleições", explicou em nota a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos.

Entretanto, ela explicou que, com o índice permanecendo acima dos 100 pontos e após nove altas consecutivas, a queda do ICI em abril não é suficiente para alterar a trajetória da confiança industrial.

O Índice de Expectativas (IE) registrou no mês queda de 1,3 ponto e foi a 101,5 pontos, pressionado principalmente pelas expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes.

Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,1 ponto em abril e chegou a 100,5 pontos, com piora na percepção sobre o nível de estoques.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada em abril aumentou 0,4 ponto percentual sobre março e alcançou 76,5 por cento, patamar mais elevado desde maio de 2015 (76,6 por cento).

Nesta quinta-feira, a FGV informou ainda que a confiança de serviços piorou em abril também devido à piora das expectativas, acompanhando o movimento já registrado entre os consumidores, comércio e construção.

© Reuters. Vista geral de refinaria da Petrobras em Paulinia, São Paulo

A produção industrial brasileira cresceu 0,2 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, mas teve o resultado mais fraco para o mês em dois anos, com perdas na fabricação de bens intermediários e de consumo semiduráveis e não duráveis, de acordo com dados do IBGE.

(Por Camila Moreira; Edição de Pedro Fonseca)

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