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Conforme estresse bancário diminui, Fed retorna ao debate de sempre

Publicado 03.04.2023, 09:23
Atualizado 03.04.2023, 09:25
© Reuters. Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington
18/03/2008 
REUTERS/Jason Reed/File Photo

Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - Autoridades do Federal Reserve, cada vez mais confiantes de que cortaram uma potencial crise financeira pela raiz, agora enfrentam um julgamento difícil sobre se a demanda na economia dos Estados Unidos está caindo e, em caso afirmativo, se está diminuindo de forma rápida o suficiente para reduzir a inflação.

Se a última reunião de política monetária do banco central dos EUA, há duas semanas, foi dominada pela preocupação de que um par de falências bancárias poderia causar um contágio financeiro mais amplo --uma razão potencial para interromper novos aumentos das taxas de juros--, o debate rapidamente voltou para se uma política monetária mais rígida começou a mostrar seu impacto na economia em geral, ou se as taxas precisarão subir ainda mais.

A decisão será crítica, conforme o Fed planeja as etapas finais no que tem sido um ciclo histórico de alta de juros, com as autoridades ainda esperando evitar o tipo de recessão econômica profunda desencadeada pelo aumento excessivo das taxas, mas também determinadas a evitar fazer pouco e permitir que a inflação permaneça alta.

Os nove aumentos promovidos pelo banco central desde março de 2022 impulsionaram a taxa básica de juros de nível próximo a zero para a faixa atual de 4,75% a 5,00%, um ritmo de aperto que não era visto desde que Paul Volcker era chair do Fed, na década de 1980. As taxas de juros para consumidores e empresas seguiram o exemplo.

No entanto, dados divulgados na sexta-feira mostraram que a medida de inflação preferida do Fed ainda estava em 5% ao ano, mais que o dobro da meta de 2%, e projeções divulgadas pelos membros do Fed em 22 de março indicavam que as taxas precisam subir um pouco mais.

Também embutido nessas projeções está o provável aumento na taxa de desemprego até o final do ano, dos atuais 3,8% para 4,6%, e a desaceleração do crescimento normalmente associada a uma recessão, algo que o chair do Fed, Jerome Powell, e seus colegas ainda afirmam que podem evitar.

"É absolutamente um equilíbrio... Há incertezas", disse a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, em entrevista à Bloomberg Television na sexta-feira. "Precisamos equilibrar o risco de não fazer o suficiente... não manter o curso e não reduzir a inflação... Ao mesmo tempo, monitoro os dados, avaliando quando poderemos ver a economia virando... Ainda é cedo."

O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, fez uma observação semelhante na semana passada.

"A inflação ainda está muito alta. O mercado de trabalho ainda está muito apertado", disse ele a repórteres. "Quando você aumenta as taxas, há sempre o risco de a economia desacelerar mais rápido do que poderia. Se você não aumentar os juros, há o risco de a inflação ficar fora de controle."

Esse vaivém durará entre agora e a próxima reunião de política monetária do Fed, nos dias 2 e 3 de maio, quando as autoridades decidirão se devem prosseguir com outro aumento de juros de 0,25 ponto percentual e sinalizar ainda mais aumentos por vir, ou ficar com a evidência precoce de que os consumidores estão finalmente sentindo o crédito mais apertado e custos de empréstimos mais altos.

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