O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou hoje (31) a quinta reunião deste ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. A segunda parte do encontro será amanhã (1º) quando será anunciada a decisão no fim do dia.
Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano, pela terceira vez seguida. Nas duas últimas reuniões, o Copom optou por manter a Selic, depois de promover um ciclo de cortes que levou ao menor nível histórico.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic.
Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.
Meta de inflação
Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao definir a taxa Selic, o BC considera a meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%
Para o mercado financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar o ano abaixo do centro da meta em 4,11%. Para 2019, a estimativa é 4,10%.