SÃO PAULO (Reuters) - O Credit Suisse (SIX:CSGN) abandonou sua estimativa de retração do PIB brasileiro em 2022 e passou a ver variação modesta acima de zero, com medidas do governo para estimular o crescimento no curto prazo, aumento de gastos em ano eleitoral e comportamento melhor da atividade nos primeiros meses do ano.
O banco agora prevê ligeiro crescimento de 0,2% da economia neste ano, contra recuo de 0,5% no prognóstico anterior, conforme relatório com data da terça-feira.
Solange Srour, Lucas Vilela e Rafael Castilho, que assinam o trecho do documento sobre o Brasil, revisaram a previsão para a demanda doméstica, principalmente o consumo das famílias, e pontuaram que os termos de troca mais altos terão impacto duvidoso no crescimento do PIB em 2022, já que a inflação e as taxas de juros podem compensar o aumento das exportações.
"A partir de 2023 por outro lado, os termos de troca mais elevados terão um efeito positivo sobre o consumo, provavelmente impulsionarão os investimentos e podem melhorar as contas públicas", disseram, mantendo projeção de crescimento de 2,1% para o PIB em 2023, devido a um esperado afrouxamento da política monetária.
(Por José de Castro)