Por Lusha Zhang e Elias Glenn
PEQUIM (Reuters) - A China manteve um sólido crescimento das exportações de 12,6 por cento em maio, ligeiramente menor do que em abril mas ainda uma boa notícia para as autoridades do país no momento em que lidam com duras negociações comerciais com os Estados Unidos.
As importações também subiram mais do que o esperado em maio e no ritmo mais rápido desde janeiro, com os dados sendo divulgados no momento em que a China prometeu a seus parceiros comerciais, incluindo os EUA, que serão adotadas medidas para aumentar as importações.
A expectativa em pesquisa da Reuters junto a 32 analistas era de alta de 10 por cento nas exportações em maio, mas o resultado mostrou pouca perda de força ao ficar em linha com os 12,7 por cento de expansão vistos em abril.
Mas independentemente das chances de uma guerra comercial, analistas alertam que o crescimento das exportações da China deve estagnar.
"Mesmo que uma guerra comercial seja evitada, o crescimento comercial chinês ainda deve diminuir ao longo do próximo ano conforme a economia global perde força e obstáculos à demanda doméstica devido à expansão mais lenta do crédito se intensificam", escreveu em nota Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics.
As importações cresceram 26 por cento em maio, informou a Administração Geral de Alfândega, superando a expectativa de analistas de 18,7 por cento, e após alta de 21,5 por cento em abril.
O superávit comercial da China diminuiu para 24,92 bilhões de dólares em maio de 28,38 bilhões em abril, e ficou bem abaixo da expectativa de analistas de 31,9 bilhões de dólares.